segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

ATO 25 – UMA PERIGOSA SOLUÇÃO

ATO 25 – UMA PERIGOSA SOLUÇÃO
Zafar finalmente retornou das montanhas, e com notícias que preocupariam a nobreza Attasiana. O Shemita atravessou os campos de cultivo rumo a mansão, para encontrar Arcadio no salão principal. O jovem havia acabado de retornar de uma conversa estressante com seu pai. Zafar explicou que encontrou um ponto cego nas montanhas, por onde os Pictos estariam chegando a Attasia. Ao que parece, a oeste das montanhas, as selvas Pictas se conectavam aos seus pés. Os Pictos não chegavam as montanhas pelas planícies, mas pelas próprias selvas, e por isso não eram percebidos até estarem lá. Preocupado, Arcadio levou Zafar ao terraço para encontrar Akuji, que viajava a mansão lá de cima. O filho do Conde conversou com o homem negro, sobre o lugar de onde ele chegou até a Zíngara.

Obs. Balthus e Akuji contornaram as fronteiras oeste (Aquilonia) para chegar até a Zíngara. As províncias fronteiriças, que divide os civilizados aquilonianos dos demônios pictos.
Akuji conversou com Arcadio sobre o inferno que os colonos da fronteira viviam nas mãos dos selvagens, e Arcadio viu uma possibilidade de aliança. O lado político do jovem nobre aflorava aos poucos, ele começava a pensar como um verdadeiro governante.  Se esta província (Thandara) era, realmente, atacada frequentemente pelos Pictos do clã pantera, isso significa que Attasia e Thandara tinham um inimigo em comum. Balthus estava infiltra entanto, Zafar acrescentou muito na reunião improvisada, fortalecendo a ideia de aliança proposta por Arcadio. Os Pictos avançavam aos poucos, e as montanhas logo estariam infestadas, se deixassem a ampulheta do tempo derramar sua areia. Definido Arcadio se prontificou a falar sobre a ideia no conselho que ocorreria aquela noite.

O medo tomava conta do coração de todos, por mais que se recusassem a admitir. Se o conselho aceitasse essa aliança, uma viagem perigosa por terras selvagens ocorreria. Uma viagem onde muitos, provavelmente, não retornariam.


ATO 26 – A ALIANÇA DE SANGUE
Elen perambulou pensativa pelos corredores da mansão, até chegar a porta dos aposentos de Antillio. O ancião a recebeu mais uma vez, com um sorriso nos lábios. Permaneceram boa parte da tarde conversando, para Elen ser direta como nunca fora antes. Elen confessou saber que Antillio era um feiticeiro (mesmo sem saber realmente). Antillio sorriu desconcertado, acusando o golpe. E, antes que falasse algo, Elen propôs uma aliança, já que ambos sabiam o segredo um do outro e, possivelmente, estavam do mesmo lado. Antillio sorriu e aceitou, mas pedindo algo em troca. Elen ofereceu informações, mas Antillio negou, pedindo por atos. O ancião exigiu a morte de Bartolo. Elen se assustou, mas Antillio prosseguiu, dizendo que o via como uma ameaça, e prometeu a vingança de Elen e uma aliança caso a mesma topasse. Elen aceitou antes de deixar o aposento, seguindo para o templo a fim de estudar a rotina do sacerdote.

ATO 27- ABRIGANDO O PERIGO
Arcadio, que informava a todos a respeito do conselho, estava no templo conversando com Bartolo, a respeito de Antillio e Elen. O sacerdote não via Elen como uma ameaça, mas como uma futura vítima de Antillio, e pediu para que Arcadio a convencesse a ficar no templo. Bartolo queria mantê-la longe das garras de Antillio, e a Arcadio consentiu com a ideia do sacerdote. Mais do que isso, Arcadio revelou a Bartolo suas intenções de levar Elen ao Forte Thandara. Ainda naquela tarde, Elen recebeu a visita de Bartolo, e aceitou com entusiasmo. Ela estava bem próxima de firmar a sua aliança com Antillio, e Arcadio nem suspeitava disso.

Zafar se lavou e descansou durante o resto da tarde, e Balthus ainda estava na primeira ala, buscando por algo que o levasse a descoberta de outro suposto motim. Elen buscou suas coisas e levou para o templo, enquanto Arcadio terminava de avisar a Antillio e Temístio a respeito do conselho, que aconteceria ao anoitecer.

ATO 28 – O CONSELHO DEFINITIVO
O conselho definitivo se iniciou ao anoitecer, e seu início foi marcado por uma discussão entre Antillio e Arcadio. Ambos usam de palavras ríspidas e afiadas. Arcadio tentava minuciosamente, acusar Antillio de traição, mas o ancião se esquivava como uma serpente, usando sua língua afiada. No fim, a guerra de palavras foi contida por Devante, que resolveu tomar a palavra, revelando todas as verdades que guardou por tantos dias. Todos se voltaram para o regente, enquanto ele se levanta para falar.

“Tudo bem, vocês querem a verdade... Pois lhes darei a verdade! Sabem por que eu fui a capital no mês retrasado e demorei semanas lá? Sabe por que já fazem dois meses que as moedas não chegam? Sabe por que o pedido de mais soldados foi ignorado? Simples, homens... Oliviero está morto! Foi envenenado em seus aposentos. Quando soube da notícia, parti imediatamente para a capital, a fim de zelar por seu corpo e pela proteção de sua filha. Oliviero era muito supersticioso, me fez prometer que eu queimaria seu corpo quando isso acontecesse, e eu parti com estes propósitos. As cinzas de nosso rei enfeitam a corte dentro de um belo vaso agora. Quanto a Chabela? Oliviero não tinha filhos, nenhum herdeiro ao trono. A garota ficaria a mercê dos filósofos e do magistrado, no entanto, algo que ouvi me deixou inquieto lá em Kordava. Rumores dizem que a morte de Oliviero foi arquitetada por membros da alta nobreza, que planejam o poder da Coroa. Exatamente, senhores, transformar nosso país em uma República, onde um conselho de nobres, liderado pelo magistrado, rege. Temendo pela vida de Chabela, organizei seu exílio. A jovem está bem longe da Zíngara agora, sob os cuidados do Lorde Villagro, um dos poucos em que posso confiar na capital. Se não pude proteger meu rei, protegerei sua filha, e rezo a Mitra todas as noites que esses tais rumores sejam falsos, pois se nobres desejam realmente mitigar os poderes da família real para se manterem no controle da Zíngara, uma guerra civil rasgará esse país no meio.
As cartas que ando enviando dos meus aposentos, são para contatos de confiança na capital, que andam me informando de tudo. Um deles, e o mais importante, é Amphélio (filósofo e ex-conselheiro de Oliviero). Em suas cartas, nada me foi confirmado até então, mas suspeita-se que seja real. O magistrado detém todas as finanças da coroa, isto é, ele teria condições para reembolsar as cidades que eram gratificadas por Oliviero. Por que não o faz? Amphélio acredita que apenas as cidades regidas pelos Condes de Barões que se afiliaram a essa cabala estão sendo ressarcidas. Se isso for verdade, permaneceremos sem as malditas moedas, pois eu não mancharei o nome da minha terra, ajudando a colocá-la sob os domínios de nobres corruptos, que talvez tenham tirado a vida do regente a quem fui mais fiel em minha vida. “.

A notícia choca a todos. Bartolo questionou como Florencio permitiu isso (Duque Florencio é o líder do magistrado, e suspeito de organizar essa cabala, que pretende dar inicio a República na Zíngara). Devante não conseguia responder, ele dizia que Florencio sempre foi muito devoto ao reinado de Oliviero, tanto que assumia a posição mais importante na hierarquia da corte, abaixo da do próprio Oliviero. É uma honra imensurável ser líder do Magistrado (uma posição de muito poder). Temístio apoiou a decisão tomada por Devante, de salvar a jovem Chabela e fazer a vontade de Oliviero, mesmo após sua morte. O conselheiro acrescentou com um pensamento assustador: Ele diz que, de fato, se isso estiver acontecendo, cidades guerrearão por caprichos de seus nobres. Os que se mantiverem leais a monarquia e ao reinado do falecido Oliviero, nunca aceitarão um novo sistema de governo, principalmente liderado por homens que tiraram a vida de seu amado Rei. Obviamente, isso tudo pode ser uma teoria conspiratória, no entanto, era preciso ser bem íntimo de Oliviero para conseguir envenená-lo em seus próprios aposentos.

Arcadio, ainda em perseguição com Antillio, perguntou se esses rumores chegaram à cidade de Jerida. Antillio, no entanto, não soube responder, pois estava em Attasia há mais de dois meses...

Mesmo ainda chocados com a notícia, a pauta a respeito dos Pictos foi puxada por Arcadio. Apesar de todos os rumores a respeito desse levante oligárquico, o jovem Arcadio temia agressivamente uma invasão Picta, e queria se provar como um bom guerreiro, indo até o Forte Thandara e propondo uma aliança. Devante permitiu que o filho partisse por entre as selvas Pictas rumo ao forte, para representa-lo em um pedido de aliança. Acrescentou, dizendo que mandaria (pela parte oeste do Rio Negro). Arcadio e seus retentores chegariam 15 dias antes, para propor a aliança, e, alguns dias depois, os soldados chegariam para encher os olhos dos colonos. Devante acreditou na decisão de seu filho, apesar de achar perigoso que ele se arriscasse em terras selvagens.

Arcadio aproveitou o conselho para anunciar que levaria Elen com ele. Muitos desaprovaram, inclusive o próprio Temístio, dizendo que ela se tornaria um fardo na viagem. Afinal, uma mulher tão frágil em terras tão inóspitas? Mesmo assim, Arcadio defendou o fato de que ela seria extremamente útil em Thandara. Além disso, Arcadio também revelou que não precisariam de montarias. Afinal, os Pictos são excelentes mateiros, portanto, cascos pesados naquela selva soturna poderia atraí-los de longe.

Devante deu um dia para que Arcadio pudesse avisar a todos e conseguir as provisões para a viagem. O conselho foi encerrado e todos se dispersaram. Temístio seguia para os aposentos de Devante, onde o auxiliaria na carta que ele enviaria para Minoria, a fim de fortalecer a aliança do Norte da Zíngara, contra essas supostas verdades da Capital. Nos corredores, Arcadio interceptou Temístio, e pediu que o filósofo colocasse homens de confiança vigiando seu pai. O filho do Conde temia deixa-lo por perto de Antillio, principalmente com esses rumores de que Oliviero foi envenenado. Após a conversa, Arcadio se refugiou em seus aposentos, e se entregou ao sono para procurar seus retentores, Balthus, Akuji e Elen no dia seguinte. Arcadio queria manter a jovem Elen longe do condado, assim como usar de sua boa lábia como uma arma em prol da aliança com Thandara.


Dia 14 de Krinisa (Mês 08 ; Mês do Raio) de 1163

ATO 29 – SANGUE NO TEMPLO
No templo, isolado em uma área da segunda ala, Elen já se aprontava para dormir, quando ouviu a porta bater (Bartolo retornando do conselho). Já era madrugada, quando o sacerdote retornou. Respirou fundo na cama, e esperou até que ouvisse a porta de seu quarto. O sacerdote apagou as velas com um abafador e seguiu para seu quarto. Elen ouviu a outra porta bater ,e esperou mais uma hora, a fim de pegá-lo durante o sono. Após o tempo determinado, a jovem caminhou a passos furtivos pelo corredor, até o pequeno cômodo onde o sacerdote dormia aos roncos... Ergueu um punhal sobre seu peito, fez uma rápida prece a sua mestra (a entidade demoníaca), e desceu o punhal, perfurando o peito de Bartolo.



O sacerdote acordou durante o ato, segurando as mãos de Elen, mas a jovem desceu o punhal até seu ventre, dilacerando-o até a morte. Bartolo gargarejou o próprio sangue, enquanto sua vida se esvaía aos poucos. Elen chegou a encará-lo por alguns segundos, até que finalmente, a morte chegou. O sangue se espalhou pelo assoalho, pingando da cama, e Elen removeu o punhal. A fim de não ser incriminada, Elen destruiu ambos os quartos (incluindo seus pertences) e se feriu no ventre com o mesmo punhal. Elen se jogou ao chão pressionando sua ferida, onde permaneceu até ser encontrada, no dia seguinte.

...

Naquela manhã, Arcadio se reuniu com, Akuji e Balthus, afim de passar ao Aquiloniano o que ficara decidido na noite anterior. Balthus, obviamente, achou tudo uma loucura. Ele não achava nada prudente atravessar as terras além do rio negro, mas assim o faria, se fosse solicitado. Mas, claro, não sem antes pedir a benção de Bartolo para a viagem. Zafar estava na primeira ala, comprando as provisões necessárias para a viagem. Balthus, Arcadio e Akuji seguiram para o templo, pra encontrar sangue e morte. O filho do Conde correu para procurar por Bartolo junto com Balthus, enquanto Akuji tentava reanimar Elen...

Akuji averiguou o ferimento, assim como a desordem no local, e tudo que conseguiu constatar foi que Elen tinha sorte de estar viva. Balthus ficara incumbido de buscar os soldados para fechar a área. Após um breve tempo, todo o templo estava cercado de soldados, incluindo Zafar e Balthus, que haviam retornado. Elen já estava acordada, e contava “o que havia acontecido” a Zafar, Akuji, Balthus e Arcadio. A jovem disse que acordou com o barulho, e foi apunhalada na escuridão. Ela não viu quem o fez, mas pressionou seu ferimento até desacordar.  Quase todos, inclusive Arcadio, acreditaram nela, mas Balthus, tinha suas dúvidas.

Balthus, mesmo em choque, permaneceu lá com os soldados, cuidando do corpo do sacerdote. Zafar foi até a primeira ala, dar a péssima notícias aos Acólitos que tinham aulas de escrita com Bartolo. Elen, em uma perfeita atuação, chorava pedindo a Arcadio para não voltar a mansão, pois temia Antillio. Acreditando na mesma, Arcadio pediu que Akuji a levasse a estalagem das sete velas, e seguiu para a mansão a fim de avisar a todos sobre o ocorrido.

ATO 30- OS PLANOS PROSSEGUEM...
Na mansão, Arcadio reuniu Devante e Temístio para dar a triste notícia. O filho do Conde despistou Antillio, por acreditar que ele tinha um dedo nisso tudo. A notícia arrancou tristeza e desespero dos semblantes de Temístio e Devante. Temístio pediu que Arcadio não fosse a Thandara, mas ficasse para auxiliar seu pai, mas Devante insistiu que Arcadio fosse. O Conde sabia que Arcadio precisava se provar, e que ele, como líder, teria de lidar com isso sozinho. Este era um fardo que pertencia somente ao Conde.

Arcadio agradeceu o apoio de seu pai e deixou seu cômodo, caminhando pelo corredor com terror na alma. Temístio o seguiu. Arcadio, em uma conversa particular com Temístio, foi além nas acusações de Antillio, acreditando que ele estaria por trás, também, do desaparecimento de Galbro.

Havia passado pouquíssimas horas desde que o corpo foi encontrado, e muitas já eram as teorias criadas entre os envolvidos na remoção do corpo. De qualquer forma, o que importa, era que Bartolo estava morto. Morto de uma forma brutal! Mesmo após todas as provisões para viagem terem sido adquiridas, os viventes da mansão e membros do conselho teriam um dia cheio. Mais um dia de tristeza em Attasia...

Breve descrição feita da província de Poitain

Breve descrição feita da província de Poitain e seus campos. Realmente inspirador, vale a pena conferir!

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Tema: http://migre.me/hdiWV

Os lúdicos e despreocupados poitainianos não precisavam trabalhar demais para viver de suas terras fertilíssimas. Ao sul das cordilheiras, as ricas e belas planícies de Poitain se estendiam até o rio Alimane; mas, além do rio, ficava a terra de Zingara. Mesmo agora, quando o inverno estava ondeando as folhas além das montanhas, a grama alta e exuberante ondulava sobre as planícies, onde pastavam os cavalos e o gado pelos quais Poitain era famosa. Palmeiras e bosques de laranjais sorriam ao sol, e as deslumbrantes torres púrpuras, douradas e escarlates dos castelos refletiam a luz dourada. Era uma terra de calor moderado e de abundância, de belas mulheres e guerreiros ferozes. Não eram apenas as terras duras que geravam homens duros. Poitain estava cercada por vizinhos cobiçosos, e seus filhos aprendiam a serem duros em guerras incessantes. Ao norte, a terra era protegida por montanhas, mas ao sul, apenas o Alimane separava as planícies de Poitain das planícies de Zingara; e, não uma, mas por mil vezes, aquele rio havia se banhado de vermelho. Ao leste, ficava Argos; e além de Argos, Ophir – reinos poderosos e avarentos. Os cavaleiros de Poitain defendiam suas terras com o peso e a lâmina de suas espadas, e pouco conheciam do descanso e da ociosidade.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

"O Pacto"- Conan RPG

Cena icônica da campanha. Ocorreu na primeira sessão de jogo, e apresenta a personagem Elen Daros apelando para um pacto demoníaco em troca dos conhecimentos ocultos e da capacidade de manusear as artes místicas. Segue abaixo a cena...

Ps. O desenho foi feito e pintado por dois jogadores da mesa, exclusivamente para a cena. Créditos a Danillo Schimidt e Daniel Xavier!


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"O Pacto"
Tema: http://migre.me/hbhXo

A beleza da jovem contrastava com o ambiente sujo e degradante ao seu redor; Um celeiro abandonado, envolto por um campo destruído em uma das muitas invasões Poitainianas ocorridas em dias passados. O lugar fedia a umidade, podridão, urina e esterco. A luz alaranjada do fim da tarde vazava pelas escoriações na madeira da construção desgastada. O nome da bela jovem era Elen Daros, e ela tinha sérios motivos para estar ali... Motivos que mudariam o rumo de sua vida para sempre.

Após posicionar, inutilmente, incensos perfumados para amenizar o fedor do ambiente, Elen parou de perder tempo. Usou pó de giz para desenhar um símbolo no chão, colocou um punhal em seu centro e espalhou velas específicas pelo local. Cruzou os braços e observou o trabalho que havia feito por alguns segundos. Seus olhos se perderam nas chamas velas, mas não tardou em retornar para realidade. A noite havia chegado e, com ela, a escuridão solitária daqueles campos devastados que circundavam o velho celeiro.

Elen removeu o pano envelhecido que cobria os antigos manuscritos que carregava. Manuscritos remanescentes da antiga Acheron, escritos por diabolistas cujos nomes se foram esquecidos pelo tempo. A fim de oferecer seu corpo, caso fosse necessário, Elen se despiu, exibindo suas belas curvas. Antes que a fina túnica de seda tocasse o chão imundo do celeiro, mais uma vez, o pensamento de Elen se perdeu, enquanto seu olhar encarava fixamente as escrituras que carregava. Seus olhos refletiam as luzes das velas, como se fossem tochas brilhando na noite. Após o breve momento de reflexão, sua voz convicta finalmente quebrou o silêncio, proferindo as palavras dos manuscritos.

O vento começou a soprar mais forte, apagando parte considerável das velas posicionadas sobre o símbolo, mas Elen não deteve sua fala. Os manuscritos ainda eram lidos em voz alta, e o ambiente ao seu redor mudava aos poucos. A noite se estabeleceu por completo, e apenas uma única vela restara acesa, quando a última palavra escapou da boca de Elen. A leve penumbra causada pera única vela ainda acesa, não era o suficiente para se enxergar celeiro completamente, no entanto, Elen não precisava disso para saber que não estava sozinha naquele momento. Uma estranha presença era sentida...



Os olhos vermelhos estavam lá, no fundo do celeiro, encarando a jovem. Quando finalmente percebeu a silhueta sombria que denunciava as formas horrendas da criatura, Elen agradeceu internamente por não consegui-la enxergar com clareza. O tronco, assim como a cabeça, era humano, mas alto e esquelético, os braços eram compridos e os olhos brilhavam intensamente. A criatura se movia lentamente, e o seu rastejar não deixou dúvidas, quanto a sua outra metade; Uma grande serpente. De fato, exatamente como os manuscritos nas mãos de Elen descreviam este ser demoníaco, chamado pelos Acheronianos de “Lamia”.

Elen estava assustada demais para falar qualquer coisa, ela apenas encarava as formas grotescas da criatura envolta em sombras. O silêncio imperou por um bom tempo, mas foi quebrado por uma voz grotesca. A voz era feminina e rouca, como o sibilar de uma serpente. Ela disse:

-Quem me traz de tão longe? _A frase foi dita no idioma dos manuscritos que estavam na posse de Elen.
-Elen Daros! Do que posso lhe chamar? _Elen respondeu com a voz trêmula.
-Hm... Me chame de Mestre! _Respondeu o horror invocado, com seu olhar hipnótico vidrado na jovem assustada.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Conduta de natal- RPG

Se durante todo o ano foi um jogador bonzinho, o papai noel da sua mesa irá te presentar com excelentes itens mágicos e mais XP que o normal, mas você não poderá ter feito nenhuma dessas 10 coisas:

1- Colocado pontos a maia na ficha

2- Enrolado XP no final da sessão

3- Faltado a mais de 40% das sessões

4- Ter chamado mestre de ladrão.

5- Reclamado sobre regras com o mestre por mais de 10 minutos.

6- Discutido sobre regras durante o jogo por mais de 10 minutos com os jogadores da sua mesa.

7- Matado um companheiro de aventuras

8- Furtado algum membro do grupo ( sabemos de que classe estamos falando xD)

9- Só ter atrapalhado a história com birras em vez que ajudar a construir um excelente enredo com too mundo.

10- Aproveitar o descuido do mestre e olhar as suas anotações para se beneficiar de informações privilegiadas durante o jogo. ( Já tive muito problema com informação que vazava, no passado...xD

sábado, 21 de dezembro de 2013

"A noite em que o grandalhão ditou as regras"

Recordar é viver! Leiam abaixo uma das cenas mais divertidas que eu já Mestrei...
Ps. Não tive paciência para revisar, espero que possam relevar alguns erros, e, por favor, OUÇAM O TEMA!

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"A noite em que o grandalhão ditou as regras"
TEMA: http://migre.me/h6RWL

Já era noite quando todos estavam reunidos em volta de uma mesa , enquanto bebiam e conversavam sobre os dias anteriores. Junto ao grupo, um homem sentava-se desleixadamente, apoiando suas botas na mesa, este era Brakius (ou Brak, como gostava de ser chamado). Brakius fora contratado por Beregorn (um acólito de Chauntea, que reside no vale das sombras) para levar doações (grãos) até um vilarejo chamado ‘Pedra de Sol’ e, aproveitando o fato de que Beregorn conhecera o grupo há pouco tempo, estes foram de ‘carona’ em um dos vagões da carroça guiada por Brakius, afinal, o vilarejo em questão era caminho para o novo rumo que os nobres aventureiros tomavam. Foram dois longos dias de viagem, tendo que aturar o freqüente balançar das carroças e as ladainhas desnecessárias de Brak, que se mostrara um homem extremamente grosseiro. No inicio do terceiro dia, chegaram finalmente ao vilarejo, onde resolveram permanecer por um breve tempo para que pudessem descansar com mais conforto. E aqui estamos nós! A primeira, e talvez última, noite do grupo no vilarejo, desfrutando dos serviços da cervejaria local, para felicidade de Brak e Angus (que, ao contrário dos outros, se afeiçoou muito com o mercenário).

sábado, 14 de dezembro de 2013

O que é preciso para jogar RPG?


quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Nada é mais incrível que o nosso amor...


quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

O que seria ser um rpgista para você?

Necromante

O que seria ser um rpgista para você?
O que o faz de você um legítimo rpgista? O que é necessário para que tal título seja usado quando se falar de sua pessoa?
Talvez aquele que segue as regras do jogo seja um rpgista. Ou então aquele que joga horas a fio a vencer e terminar campanhas. Pode ser aquele que decora todas as habilidades e probabilidades de determinado sistema?
O fato é que ser rpgista está muito além disso. Está em uma paixão pela imaginação e pela fantasia. Em um instinto ativo de criação e diversão. Autênticos rpgistas são raros de se encontrar, difíceis de se mostrar. Estão ocupados em montar seu mundo, em viajar por sua imaginação e não se importam com as críticas do mundo exterior.
Existem diversas formas de ser um rpgista, vários meios de seguir uma mesma paixão. Qual seria a sua?

Live Action Role Play (LARP)

Saudações, seres criativos.

Vamos falar de sonhos?

RPG - Role Play Game. Isso é um jogo de interpretação. É onde podemos ser aquilo que não somos. Aquilo que desejaríamos ter sido, ou mesmo aquilo que acreditamos poderíamos ser, mas está tão distante da realidade que se torna impossível. Ou não.

Será que nos contentamos em jogar sentados sobre uma mesa, conversando? com certeza o conteúdo de "role play" é bem maior do que o de "game" sobre a mesa. Por outro lado num jogo de computador o quesito "game" é bem mais forte que o "role play". Mas isso é suficiente para você?

Creio que a resposta de muitos será SIM. Ótimo. Mas a de alguns será NÃO. Então, o que fazer?

Você nasceu no mundo errado. No tempo errado. Na realidade errada. Ok, mas o que fazer?

A resposta é: Live Action Role Play (LARP)

Ali você deixa de ser um simples personagem e pode viver por alguns momentos, ou mesmo por alguns dias toda a plenitude viável de ser aquilo que você sonhou, e adianto-vos: a intensidade dos sentimentos que terão e as lembranças serão proporcionais ao nível de entrega que permitem a si mesmos.

Vamos falar sobre LARP aqui no Mestre Veterano - sua página de RPG no Facebook.
Falaremos de diversas ambientações (futurista, vampiro, medieval, pós apocalítico...)
Conversaremos sobre organização, operacionalização, fantasias, técnicas de controle e desmistificar a terrível invenção da wyrm que tanto nos prejudicou até hoje, chamada "d'ont touch".

Com o tempo, espero que todos possam vivenciar mais profundamente seus sonhos, e fazer deles um pouco mais reais.

Abaixo, uma foto minha em um dos meus personagens, o high elf Lárin Leüni, Sacerdote de Fëanáro.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

“As Valiosas Palavras de Temístio”

Resumão de uma cena da última sessão. Segue abaixo.


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“As Valiosas Palavras de Temístio”

A mansão senhorial estava escura no meio daquela noite. Apenas algumas velas e braseiros de bronze erguidos em hastes iluminavam o salão principal e alguns corredores. No entanto, nem todos dormiam na mansão. Os sussurros que ecoavam timidamente pelos corredores, denunciavam uma conversa sigilosa no salão principal.

Em um diálogo com Temístio (seu tutor e filósofo do Condado), Arcadio o questionou a respeito das atitudes suspeitas e reservadas Antillio. Antillio era um misterioso homem, aliado do Conde Valenso (pai de Arcadio). Ao que parece, ele atua como regente do conselho na cidade de Jerida, mas auxilia Valenso em épocas de crise, devido a sua maestria em lidar com finanças (Antillio chegou a atuar por anos como tesoureiro do magistrado, na corte em Kordava - Capital). O sábio Temístio, surpreso com a pergunta, se recostou sobre a cadeira acolchoada, e usou de sua sabedoria para conceder uma resposta que Arcadio jamais esqueceria...

“Nosso futuro é moldado pelos caminhos que escolhemos seguir no presente. Logo, o que nos tornamos hoje, é o reflexo das escolhas que fizemos ontem. Eu não conheço o passado de Antillio, portanto, não tenho a resposta para sua pergunta, meu jovem. Este homem sempre será um mistério para mim.”

Arcadio esboçou um sorriso tímido. Não obteve a resposta que precisava, mas aprendeu uma valiosa lição. Como de costume,afinal, conversar com Temístio sempre serviu para lhe acrescentar aprendizado e bons valores

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Conan RPG- AKUJI, O Fantasma

E mais um BG do projeto Conan me foi enviado. Fiquem a vontade para conferir abaixo.


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AKUJI, O Fantasma
Nacionalidade: Reinos Negros

Nos extremo sul dos Reinos Negros, dentre as centenas de tribos locais, existe uma chamada de Arapmois, que em idioma Costa Negra significa Filhos da Guerra.

Os filhos da guerra eram muito respeitados na região, um respeito que beirava o medo. Esse medo é proveniente das longas histórias de conflitos ancestrais entre as tribos locais. Conflitos esses que estavam cada vez mais esporádicos, devido ao aumento do comércio de marfim, prata e pedras preciosas na região. Porém a dança dos Filhos da Guerra ainda faziam os inimigos sentirem calafrios.

Nesta tribo nasceu de forma curiosa uma criança, que foi chamada de Akuji, que em língua Costa Negra significa “morto e desperto”, descente dos antigos lideres da tribo, lideres que outrora fizeram a tribo dos Filhos da Guerra dominarem a maior parte da região.

Dentre esses antigos lideres e bisavô de Akuji, Chidubem, O Desalmado, seu nome significava guiado de Deus, além de grande habilidade em combate era um poderoso xamã. Era temido por seus inimigos e respeitado pelos aliados. Porém ser um bom guerreiro e xamã não é nada excepcional. O que tornava Chidubem temido era a sua suposta habilidade de saber morrer. Lendas dizem que ele caiu em batalha muitas vezes e de todas elas, apesar de considerado morto, ele nunca morreu. Chibuden desapareceu quando já era um ancião, pondo fim ao ciclo de lideres da família de Akuji.

Três gerações depois nasce Akuji, porém morto. Por alguns momentos, Akuji morreu. Por alguns momentos sua mãe chorou. Por alguns momentos seu pai lamentou. Então o choro do recém renascido ecoou na noite sinistra, tornando tudo ainda mais sombrio...

O pai de Akuji prontamente se lembrou das histórias ancestrais e logo admitiu que seu filho era a reencarnação de seu avô, Chibuden, e em homenagem a ele nomeou seu filho Akuji, por achar que o espírito de seu antepassado morto havia encarnado em seu filho.

O tempo passou e Akuji cresceu. A tribo Filhos da Guerra há três gerações de lideres, são liderados por uma família não local, o que é muito comum entre as tribos do sul. Porém depois que Afolabi, um negro de pouca força e muita lábia assumiu a liderança da tribo as coisas estão mudando, e rápido.

Antes era muito difícil a tribo fazer transações comerciais com corsários, piratas ou aventureiros, mas de algum tempo para agora, estão cada vez mais frequentes. E isso visivelmente está mudando o comportamento do líder, que estava a cada dia mais “civilizado”.

Isso começou incomodar sériamente alguns membros da tribo, principalmente o pai de Akuji, que enxergava um desrespeito crescente das tribos rivais e para os mais tradicionais isso era imperdoável. A voz do pai de Akuji foi ganhando poder dentro da tribo e esse poder começou a incomodar Afolabi (Lide tribal – atual), que se demonstrava cada vez menos paciente com Ayo (Pai de Akuji).

Eis que em uma comemoração tribal tradicional que envolvia combate corpo a corpo entre os membros da tribo, um confronto era eminente, Ayo contra Afolabi, já que todos considerados homens lutavam nesta festa. Todos inquietamente esperaram por essa luta, a tensão estava no ar.

A luta começou e acabou tão rápido quanto todos esperavam, Ayo era muito superior a Afolabi em combate. Após a luta a tribo inteira ovacionou Ayo. Porém durante o comprimento de encerramento da luta entre os oponentes Afolabi disse algo para Ayo, algo que desencadiou a fúria de Ayo. Ninguém sabe o que foi dito, mas as consequências são trágicas para a família de Akuji. As tradições da tribo pregam que um combate entre irmãos nas festas devem ser amistosas e essa tradição era tão forte quanto as danças de guerra.

Ayo quebrou essa tradição na frente de toda tribo quando atacou frenéticamente Afolabi quando a luta já tinha sido dada como encerrada. Todos ficaram atordoados pelo ocorrido e paralisaram. Akuji separou-os antes que o pai matasse o líder.
Afolabi conseguiu havia conseguido o que queria. Lealdade a tradição, lealdade a tribo, acima de tudo. As punições eram severas e foram cumpridas rigorosamente. Por ter agredido um companheiro durante um rito tradicional, a mão que empunhava a lança deveria ser cortada. E foi. Pior que ser banido é se lembrar e ser lembrado todos os dias de que não é digno de ser um guerreiro.

Por ter agredido o líder a pena era a morte.
E não havia nada que Akuji outra pessoa pudesse fazer. Ayo deveria morrer, e só morrendo a honra de sua família seria restaurada. E assim foi.

Antes de ser executado o pai de Akuji foi mantido em cárcere e só foi visto pela família no momento do ritual de execução. Antes de ser executado Ayo disse “Akuji, tenha coragem de ser justo.” E sorriu para família dizendo “Estarei sempre com vocês.”

Geralmente todas as execuções são comemoradas, porém essa não. Um silêncio mórbido tomou conta da tribo e no mesmo silencio todos se retiraram. Ayo foi grande em tudo. Sua execução seria lembrada. Naquela mesma noite pela madrugada a família de Akuji foi surpreendida em seu lar, capturados e levados para o porto mais próximo.

Lá Akuji viu sua família pela ultima vez. Foram postos em navios negreiros diferentes, que seguiram destinos diferentes e desconhecidos para Akuji. A vida de Akuji virou um inferno desde que seu pai tinha sido executado até sua chegada ao seu destino final. Mas ele foi corajoso assim como seu pai o pediu para ser. A memória de sua família o manteve vivo.

Sem Ayo para se apoiar, Akuji pouco pôde fazer na fatídica manhã em que o Galé Estígio embarcou na costa que levava até a sua tribo. Soldados da frota Estígia, com a pele morena como o bronze, invadiram a pequena aldeia, atacando todos que pudessem se mover. No entanto, a viagem tinha fins comerciais. Expulsos da tribo sob as poderosas lanças de caça dos homens negros, os Estígios voltaram para sua embarcação, mas não com as mãos vazias. Mais de dez homens e mulheres foram arrastados com eles, estes seriam vendidos como escravos nos desertos Turanianos... Akuji era um deles.

O jovem lutou como uma pantera acuada, e protegeu sua mãe e irmãos, no entanto, não conseguiu proteger a si mesmo. A partir daí, a vida de Akuji se resumiu a submissão e humilhação, nas mãos de homens "civilizados". Poucas semanas após ser colocado a venda no grande mercado de escravos Turanianos, foi comprado por um sujo e ambicioso Aquiloniano chamado Attelius. Attelius era comandante na cidade de Velucia (Aquilonia central) e usava de sua influência com o corrupto lorde local para manter cativos em seus domínios (prática proibida e abominada pelos Aquilonianos). Vivendo constantes humilhações e provações sob as ordens de Attelius, Akuji viveu os dois anos mais longos da sua vida. E teria sido pior, se o mais improvável dos homens não lhe concedesse a liberdade... Balthus, o filho do Comandande Attelius.


Personalidade:
Akuji se tornou um guerreiro promissor, implacável, incansável, mas teve poucas chances de demonstrar suas proezas, pois os tempos agora eram outros. Akuji nunca falou muito, talvez por que quando criança os outros meninos o evitavam por medo, já que a história de seu nascimento era conhecida em toda tribo. Cresceu com poucos amigos, porém muito ligado a eles e principalmente à família. Nunca soube controlar suas emoções muito bem, talvez por falta de convívio social ativo, sempre intercalando entre paciência e agitação. Mostra seu valor por seus atos e não por palavras, pois palavras enganam. Traição é imperdoável. Akuji sente um certo rancor pelos traficantes de escravo, já que sofreu muito e imagina o quanto tenha sofrido a sua família.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Ravenloft- Nativos das trevas

IXXXXXXQUENTA

Complementando a leitura

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