quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Conan RPG- AKUJI, O Fantasma

E mais um BG do projeto Conan me foi enviado. Fiquem a vontade para conferir abaixo.


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AKUJI, O Fantasma
Nacionalidade: Reinos Negros

Nos extremo sul dos Reinos Negros, dentre as centenas de tribos locais, existe uma chamada de Arapmois, que em idioma Costa Negra significa Filhos da Guerra.

Os filhos da guerra eram muito respeitados na região, um respeito que beirava o medo. Esse medo é proveniente das longas histórias de conflitos ancestrais entre as tribos locais. Conflitos esses que estavam cada vez mais esporádicos, devido ao aumento do comércio de marfim, prata e pedras preciosas na região. Porém a dança dos Filhos da Guerra ainda faziam os inimigos sentirem calafrios.

Nesta tribo nasceu de forma curiosa uma criança, que foi chamada de Akuji, que em língua Costa Negra significa “morto e desperto”, descente dos antigos lideres da tribo, lideres que outrora fizeram a tribo dos Filhos da Guerra dominarem a maior parte da região.

Dentre esses antigos lideres e bisavô de Akuji, Chidubem, O Desalmado, seu nome significava guiado de Deus, além de grande habilidade em combate era um poderoso xamã. Era temido por seus inimigos e respeitado pelos aliados. Porém ser um bom guerreiro e xamã não é nada excepcional. O que tornava Chidubem temido era a sua suposta habilidade de saber morrer. Lendas dizem que ele caiu em batalha muitas vezes e de todas elas, apesar de considerado morto, ele nunca morreu. Chibuden desapareceu quando já era um ancião, pondo fim ao ciclo de lideres da família de Akuji.

Três gerações depois nasce Akuji, porém morto. Por alguns momentos, Akuji morreu. Por alguns momentos sua mãe chorou. Por alguns momentos seu pai lamentou. Então o choro do recém renascido ecoou na noite sinistra, tornando tudo ainda mais sombrio...

O pai de Akuji prontamente se lembrou das histórias ancestrais e logo admitiu que seu filho era a reencarnação de seu avô, Chibuden, e em homenagem a ele nomeou seu filho Akuji, por achar que o espírito de seu antepassado morto havia encarnado em seu filho.

O tempo passou e Akuji cresceu. A tribo Filhos da Guerra há três gerações de lideres, são liderados por uma família não local, o que é muito comum entre as tribos do sul. Porém depois que Afolabi, um negro de pouca força e muita lábia assumiu a liderança da tribo as coisas estão mudando, e rápido.

Antes era muito difícil a tribo fazer transações comerciais com corsários, piratas ou aventureiros, mas de algum tempo para agora, estão cada vez mais frequentes. E isso visivelmente está mudando o comportamento do líder, que estava a cada dia mais “civilizado”.

Isso começou incomodar sériamente alguns membros da tribo, principalmente o pai de Akuji, que enxergava um desrespeito crescente das tribos rivais e para os mais tradicionais isso era imperdoável. A voz do pai de Akuji foi ganhando poder dentro da tribo e esse poder começou a incomodar Afolabi (Lide tribal – atual), que se demonstrava cada vez menos paciente com Ayo (Pai de Akuji).

Eis que em uma comemoração tribal tradicional que envolvia combate corpo a corpo entre os membros da tribo, um confronto era eminente, Ayo contra Afolabi, já que todos considerados homens lutavam nesta festa. Todos inquietamente esperaram por essa luta, a tensão estava no ar.

A luta começou e acabou tão rápido quanto todos esperavam, Ayo era muito superior a Afolabi em combate. Após a luta a tribo inteira ovacionou Ayo. Porém durante o comprimento de encerramento da luta entre os oponentes Afolabi disse algo para Ayo, algo que desencadiou a fúria de Ayo. Ninguém sabe o que foi dito, mas as consequências são trágicas para a família de Akuji. As tradições da tribo pregam que um combate entre irmãos nas festas devem ser amistosas e essa tradição era tão forte quanto as danças de guerra.

Ayo quebrou essa tradição na frente de toda tribo quando atacou frenéticamente Afolabi quando a luta já tinha sido dada como encerrada. Todos ficaram atordoados pelo ocorrido e paralisaram. Akuji separou-os antes que o pai matasse o líder.
Afolabi conseguiu havia conseguido o que queria. Lealdade a tradição, lealdade a tribo, acima de tudo. As punições eram severas e foram cumpridas rigorosamente. Por ter agredido um companheiro durante um rito tradicional, a mão que empunhava a lança deveria ser cortada. E foi. Pior que ser banido é se lembrar e ser lembrado todos os dias de que não é digno de ser um guerreiro.

Por ter agredido o líder a pena era a morte.
E não havia nada que Akuji outra pessoa pudesse fazer. Ayo deveria morrer, e só morrendo a honra de sua família seria restaurada. E assim foi.

Antes de ser executado o pai de Akuji foi mantido em cárcere e só foi visto pela família no momento do ritual de execução. Antes de ser executado Ayo disse “Akuji, tenha coragem de ser justo.” E sorriu para família dizendo “Estarei sempre com vocês.”

Geralmente todas as execuções são comemoradas, porém essa não. Um silêncio mórbido tomou conta da tribo e no mesmo silencio todos se retiraram. Ayo foi grande em tudo. Sua execução seria lembrada. Naquela mesma noite pela madrugada a família de Akuji foi surpreendida em seu lar, capturados e levados para o porto mais próximo.

Lá Akuji viu sua família pela ultima vez. Foram postos em navios negreiros diferentes, que seguiram destinos diferentes e desconhecidos para Akuji. A vida de Akuji virou um inferno desde que seu pai tinha sido executado até sua chegada ao seu destino final. Mas ele foi corajoso assim como seu pai o pediu para ser. A memória de sua família o manteve vivo.

Sem Ayo para se apoiar, Akuji pouco pôde fazer na fatídica manhã em que o Galé Estígio embarcou na costa que levava até a sua tribo. Soldados da frota Estígia, com a pele morena como o bronze, invadiram a pequena aldeia, atacando todos que pudessem se mover. No entanto, a viagem tinha fins comerciais. Expulsos da tribo sob as poderosas lanças de caça dos homens negros, os Estígios voltaram para sua embarcação, mas não com as mãos vazias. Mais de dez homens e mulheres foram arrastados com eles, estes seriam vendidos como escravos nos desertos Turanianos... Akuji era um deles.

O jovem lutou como uma pantera acuada, e protegeu sua mãe e irmãos, no entanto, não conseguiu proteger a si mesmo. A partir daí, a vida de Akuji se resumiu a submissão e humilhação, nas mãos de homens "civilizados". Poucas semanas após ser colocado a venda no grande mercado de escravos Turanianos, foi comprado por um sujo e ambicioso Aquiloniano chamado Attelius. Attelius era comandante na cidade de Velucia (Aquilonia central) e usava de sua influência com o corrupto lorde local para manter cativos em seus domínios (prática proibida e abominada pelos Aquilonianos). Vivendo constantes humilhações e provações sob as ordens de Attelius, Akuji viveu os dois anos mais longos da sua vida. E teria sido pior, se o mais improvável dos homens não lhe concedesse a liberdade... Balthus, o filho do Comandande Attelius.


Personalidade:
Akuji se tornou um guerreiro promissor, implacável, incansável, mas teve poucas chances de demonstrar suas proezas, pois os tempos agora eram outros. Akuji nunca falou muito, talvez por que quando criança os outros meninos o evitavam por medo, já que a história de seu nascimento era conhecida em toda tribo. Cresceu com poucos amigos, porém muito ligado a eles e principalmente à família. Nunca soube controlar suas emoções muito bem, talvez por falta de convívio social ativo, sempre intercalando entre paciência e agitação. Mostra seu valor por seus atos e não por palavras, pois palavras enganam. Traição é imperdoável. Akuji sente um certo rancor pelos traficantes de escravo, já que sofreu muito e imagina o quanto tenha sofrido a sua família.

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