segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Crônica dos mortos



(PRELÚDIO)

"O inimigo"

A humanidade parece ser obcecada pela própria destruição. O esgotamento dos recursos naturais, a maneira leviana com que utilizamos a água e o solo, a poluição gerada pelo desmatamento, tudo isso acelera ainda mais nossa curta estadia pelo único planeta habitável de que temos notícia. Como se isso não bastasse, à medida em que adentramos no que resta das florestas, voltamos com pequenas criaturas que ali buscavam refúgio, escondidas de nós tal qual furiosas bestas acuadas.

Quando provocadas, essas diminutas ameaças, como vírus, bactérias e outros micro-organismos que jamais tiveram contato com o homem, costumam se defender e revidar com tudo, possivelmente alheias ao próprio poder de destruição. A Influenza, a AIDS, o Ebola, a SARS, todas essas pragas apocalípticas viviam tranquilamente em porcos, aves e macacos até que alguém teve a infeliz idéia de provocá-las, ingeri-las ou, pior, enfiar seus genitais nelas.

Estima-se que em média uma doença por ano rompa a barreira das espécies e encontre em nossa claustrofóbica densidade demográfica um ambiente muito mais apropriado para se reproduzir. Sem defesas contra essas criaturas desconhecidas, nosso sistema imunológico pouco tem a fazer e é rapidamente nocauteado. A doença então se espalha e uma nova epidemia ganha as páginas dos jornais.

Isso acontece há tanto tempo, e com tanta frequência, que alguns infectologistas consideram pura sorte o fato de nossa sociedade ainda estar de pé. Estudos recentes indicam que, na corrida para interceptar e compreender essas doenças, nós já estamos há muito atrasados: foram encontrados indícios na África de que o HIV (e seus vários subtipos) já circula entre os humanos desde pelo menos 1929, possivelmente muito antes, e não desde os anos 1970, como se pensava.

Assim como o HIV, outro inimigo sorrateiro circula livremente entre nós há anos: o T. gondii. Infame causador da toxoplasmose, é um protozoário que contamina os ratos e os transforma em verdadeiros zumbis sem vontade própria. Uma vez infectados, os roedores são induzidos a comportamentos suicidas e correm em direção aos gatos para serem devorados. Os bichanos, hospedeiros definitivos do T. gondii, continuam a disseminá-lo por suas fezes, infectando novos ratos, aves e até humanos, perpetuando assim seu ciclo de vida. É bastante provável que você tenha o T. gondii vivendo dentro de você há anos, uma vez que cerca de 50% da população mundial seja portadora assintomática da toxoplasmose.

Não há razão para alarde – ainda. Gatos, humanos e o T. gondii têm convivido de maneira relativamente pacífica há milênios. Mas, infelizmente, as coisas mudaram...

(Protocólo Bluehand)






Já fazia alguns meses que as mídias de massa anunciavam um misterioso surto de grupe em alguns estados norte americanos. Repórteres da CNN e da ABC anunciavam freneticamente em horário comercial essa nova doença, no inicio, inevitavelmente comparada com a 'gripe suína'. Apesar da forma de transmissão e dos reais efeitos destrutivos serem desconhecidos, o vírus é mortal, e isso causou alarde em muitas cidades e estados. O governo, a fim de conter uma exaltação que fugisse do controle, anunciou inescrupulosamente que o vírus havia sido contido, mas essa hipótese foi rapidamente descartada com a entrevista de Eugene Smith, no programa do David Letterman.Eugene foi o doutor que tratou e acompanhou parte da vida do paciente zero, possivelmente responsável pela criação e propagação do vírus. Eugene citou fatos curiosos sobre a evolução do mesmo, e ressaltou que tais notícias emitidas pelo governo não eram de fontes seguras. As palavras de Eugene se oficializaram para alguns quando o surto tomou uma proporção incalculável. Os infectados estavam por toda parte, e concentrados em maior numero e potencial no sudeste norte americano.
A fim de evitar uma contaminação de massa, mesmo sem saber ainda das reais capacidades da doenca, prefeitos da Carolina do Sul, Virgínia e Mississipi declararam em rede pública o estado de alerta, e pedindo que as pessoas permanecessem em suas casas até segunda ordem. Tudo parou, inclusive os aeroportos, mas isso não impediu a infestação que, não tardou até chegar em Nova Orleans, Texas e Florida. Os eventos abaixo ocorreram na cidade de Nova Orleans (localizada no estado de Louisiana - EUA). Ela envolve seis personagens: Brendan Miller, Jax Teller, Stanley Moorse, Benjamin Archer, Di Gevolx e Raymond Leroy. Eles não se conheciam ainda, mas por acasos de um destino ácido, acabariam percebendo em breve que possuem mais coisas em comum do que sequer imaginariam... Mais do que isso,  os eventos abaixo relatam o inicio do caos em Nova Orleans.

14/12/2012 (sexta-feira): Noite fria de inverno, em um restaurante italiano nas proximidades do rio mississipi, Jax vai ao encontro de Clay, que lhe apresenta alguns de seus contatos (dois policiais e Jamie Donovan - Suserano da IRA). Clay havia tratado de um grande golpe com Donovan e envolveu Jax contra a vontade no esquema: Um carregamento de armas chegava de Livingston e seria extraviado para um refúgio da IRA, enquanto Jax (junto a um mercenário chamado Marquez) seriam incumbidos de conseguir a senha do banco do Major Thompson e o dinheiro depositado (homem responsável pela transação). Jax vai até a casa de sua mãe, informa a mesma sobre a desconfiança de seu padrasto (Clay) e então, retorna para seu lar.

A Bracchus Club bombava como de costume naquela sexta feira, as dançarinas excitavam os desesperados que ansiavam frenéticamente em tocá-las, sendo contidos pelos olhares de opressão dos seguranças. Raymond humilhavam moralmente dois moleques infratores em uma pequena sala atrás do backstage, enquanto Stanley acertava contas com Gevolx na área vip da boate. Gevolx vivia como um eremita, se refugiando em seu carro, e precisara de uma arma para se proteger ns ruas escuras de Orleans. Stanley (agiota) fez o empréstimo e estava finalmente lucrando com isso, sentado naquela boate enquanto observava mulheres lindas dançando. O pagamento foi feito e ambos aproveitaram para beber e aproveitar a noite. Já no fim, Gevolx se dirigiu a Ray, na tentativa de conseguir uma reunião com Malcolm (dono do clube), o andarilho pensava em trabalhar no local. Ray se juntou a Stanley e Gevolx na mesa, pedindo que o mesmo retornasse no dia seguinte.



No bairro de Lakeview, ao lado do parque da cidade, Brendan Miller tomava uma longneck de Duff enquanto aproveitava o ambiente familiar e a boa música da Blue House (barzinho de dois andares). A monotonia rotineira foi quebrada com a chegada de Benjamin Archer, um morador do bairro vizinho que procurava um bom lugar para beber e esquecer de seu passado tempestuoso. Ambos desfrutaram da boa cerveja e porções de batatas fritas enquanto conversavam sobre as ironias e peças pregadas pelo destino em suas vidas. Problemas se transformaram em risadadas momentaneamente até que ambos retornassem para suas casas. Miller apenas andou duas quadras pois moraa perto, enquanto Archer entrou em seu carro e atravessou o parque da cidade rumo a St Charles (sua rua, no bairro vizinho).


15/12/2012 (sábado):  Jax rapidamente acordou e se aprontou para ir de encontro a Marquez, a fim e planejarem a estratégia contra Thompson. Durante o café, teve uma breve discussão com sua esposa Tara, que desconfiara das falcatruas em que seu marido estaria se envolvendo novamente, mesmo após passar três anos presos. A discussão fez com que Tara fosse para hospital (a pediatra estava afastada por uma acidente na mão, mas pra fugir das discussões que tinha com Jax, ia mesmo assim para o trabalho, levando seu filho consigo). Jax não tinha escolha, era indiretamente forçado a isso, e ansiava pelo momento em que pudesse revelar tudo a Tara e livrá-la daquele inferno. Horas depois, Jax se encontra com Marquez na sede do motoclube, ainda pela manhã chuvosa, onde combinaram sair de moto da rua Beinville rumo ao apartamento de Thompson, pela estrada MLK Boulevard.

Gevolx deixou seu refúgio (uma casa abandonada, outrora usada para abrigar cracudos, situada num bairro da zona sul, conhecido pelas gangues que transitam) e foi de encontro a Malcolm na Bracchus Club ainda pela manhã. Após uma longa viagem de ônibus, A Bracchus Club abria as portas pela manhã, quando o mesmo chegou (o clube funcionava como um bar ao dia). Malcolm e o esperava em suas roupas estravagantes, e ambos começaram a conversar quando as três mulheres de Ray chegaram ao recinto. Malcolm era amigo intimo de Ray, e suas mulheres frequentavam o Clube quando não estavam trabalhando. Gevolx finalmente fora aceito para um teste naquela noite após uma breve conversa, quando algo inusitado aconteceu: Um dos poucos clientes que estavam no clube pela manhã, avançou contra Taki (uma das mulheres de Ray), mordendo-lhe o braço. O homem estranho, parecia bebado e lento, suava frio, e foi impedido por Malcolm, Gevolx mais alguns seguranças da casa. Ele ainda apresentava sinais de lucidez apesar de estar aparentemente desnorteado, porém, Malcolm não o perdoou pela loucura cometida, ordenando que os seguranças dessem uma surra no homem (Gevolx auxiliou e, juntos, o desfiguraram com socos e chutes). Após a surra, o homem foi levado para o interior do clube (atrás da passarela das strippers), enquanto Malcolm ligava para avisar a Ray.


Stanley amanheceu naquela maldita pousada no final da St Bernard, rua conhecida pelas famílias negras e religiosas residentes (um péssimo lugar para um racista viver, mas o único que pudera pagar). Stanley era de outro estado, estava refugiado em Louisiana, e atuava em Orleans para poder se manter. Naquela manhã, foi a um trailer na esquina da pousada comer seu café da manhã, quando recebeu uma ligação misteriosa. Um homem desconhecido do outro lado da linha solicitava seus serviços, e um encontro para aquela noite, no beco aos fundos da Bracchus Club. Precisando de mais dinheiro para sair daquele lugar, Stanley aceitou o convite confirmando o encontro para um acerto de contas naquela noite. Na volta para a pousada, foi atacado por alguns pivetes que cobiçavam dinheiro para craque, mas Stanley conseguira afugentá-los com seu canivete. Feriu dois deles e pois o outro pra correr... Chegando na pousada, deitou-se e aguardou ansiosamente pela chegada da noite.


Ray, que vivia uma vida alternativa, acordou mais tarde que suas três mulheres, e se aprontava para a viagem.O segurança atuava também na industria pornográfica e ansiava em uma oportunidade de ouro para abandonar aquela vida de promiscuidade e dar um filho a cada uma de suas mulheres.Essa chance parecia ter chegado com o convite para uma convenção de filme porno no Cassino Bay Center (Las Vegas). Era para lá que Ray se arrumava, quando Malcolm ligou. Malcolm avisou ao amigo do acaso com Taki na Bracchus Club, e Ray partiu para la a fim de averiguar a situação. Por via das dúvidas, levaram a oriental para o hospital LSU, a fim de evitar maiores problemas, como uma infecção ou inflamação. Chegando no hospital, Taki foi levado por enfermeiros para a emergência (o que causou uma certa estranheza a Ray, que permaneceu esperando). Malcolm se ofereceu para esperar a jovem, mas Ray se recusou a sair de lá, perdendo o voo e sua chance de ouro. Taki permaneceu na emergência, e cada enfermeiro que passava correndo pelo corredor, causava um temor  no interior de Raymond.

Benjamin Archer acordara tarde, estava de férias do hospital e isso era um inferno para ele. Vivia para o trabalho, de fato, perdeu sua esposa e o contato com seu filho (recentemente falecido) por causa disso. Férias e folgas levavam Archer às bebidas, sua segunda válvula de escape. Empilhava algumas roupas sujas para levar até a lavanderia quando o telefone tocou, era Tara ligando do hospital (esposa de Jax Teller). Com o tempo que Jax passara na cadeia, Benjamin e Tara ficaram bem intimos e sustentaram uma amizade confidente que rendeu muitos almoços e lanches juntos... Eles eram mais do que companheiros de trabalho, e os antecedentes criminais de Jax não intimidavam Archer. A voz de Tara suavizou Archer, mas as notícias não eram as melhores... Tara ligou para informar a Archer que uma oriental chegara aquela manhã no hospital com uma mordida no braço, e os mesmos sintomas de Andy (filho de Benjamin). Após conceber a notícia, um surto de flashbacks tomou conta da cabeça do doutor, que desmaiou com o telefone na mão, deixando Tara do outro lado da linha.


Enquanto isso, o caos tomava conta do centro médico LSU. A mordida no braço, levou Taki ao óbito na sala de emergência, a notícia estava prestes a ser dada a Ray, que esperava na emergência com Malcolm, Cinthia e Aniqua (suas outras duas mulheres), quando a mesma se levantou da maca, mordendo um dos médicos responsável pelo processo. A situação tentava ser contida por outros doutores, mas o vírus se espalhou rapidamente por cada mordida que era dada. Uma correria tomou conta dos corredores enquanto a sirene anunciava um alerta de contaminação, os seguranças tentavam evacuar todos, enquanto o caos tomava conta. Ray fora praticamente arrastado para fora do hospital, mas não sem anves assistir um dos médicos morder o trapézio da recepcionista, arrancando um naco de carne que se esticou com as fibras do musculo até se arrebentarem.

Miller simplesmente acordou cedo, como de costume, e partiu para a Credit Union, corpo de bombeiros da cidade de Nova Orleans, onde se aprontou no vestiário e ficou na garagem com seus companheiros (Phil e Martinez) esperando o alarme para uma chamada. Por lá permaneceram observando os mecânicos mexendo no carburador de um dos caminhões, enquanto conversavam sobre o que fazer naquela noite. Estavam se aproximando da noite quando a sirene tocou: Uma possível missão de resgate no hospital LSU. O contingente B13 (responsável por Phil) se aprontava para escorregar no clássico corrimão, rumo a garagem novamente. Martinez e Miller estavam lá...


Stanley chegou ao beco da Bracchus, que encontrava-se fechada, e esperou pelo homem. Ele não tardou a chegar, e fez muitas perguntas a respeito do passado de Stanley, que se recusava a responder, temendo que fosse da polícia. No fim de tudo, o homem se identificou como membro do CDC (centro do controle de doenças) e pediu que Stanley acompanhasse, pois certamente era um estrangeiro vindo de outro estado próximo de Orleans (estados em quarentena) e precisava ser acompanhado medicamente. Stanley tentara resistir, mas fora controlado pelo medo da infecção desconhecida e pela glock22 do homem, apontada para sua testa. Stanley o acompanhou até o carro, onde dois agentes do governo esperavam, e seguiu a mercê do desconhecido.

Benjamin retomou a consciência após o desmaio e, com dor de cabeça, foi  até o celular que anunciava 8 ligações perdidas de Tara. O doutor pegou  seu carro e foi até o hospital LSU, onde pôde observar o caos tomando  conta do local. Policiais montaram um perímetro em volta da entrada, e  este era reforçado com a ajuda de um grupo do corpo de bombeiros.  Curiosos e sobreviventes tentavam violar o perímetro para observar, mas  eram contidos pela parede humana de oficiais. Uma van da ABC estava na  frente, e a repórter Tina Goldbet anunciava perante a camera o ocorrido.  Benjamin fora entrevistado pela repórter, mas nada pôde declarar pela  escassez de informação. Aguardou ansioso por notícias de sua amiga,  verificando o celular de 5 em 5 minutos no meio daquele caos.

Jax chegou ao apartamento de Thompson com Marquez, este se encontrava vazio, portanto, ambos o invadiram pela saída de incêndio e resolveram esperá-lo. Thompson chegou e só teve tempo de ligar a TV até ser rendido por Jax e jogado ao chão. A humilhação humana fora intensa no apartamento, indo desde o terror psicologico da arma dentro da boca até o físico, dos chutes na costela do homem que se revirava no chão. Thompson finalmente topou cooperar liberando o dinheiro da conta, quando o plantão de notícias anunciou algo inusitado na tv do apartamento: O hospital LSU estava evacuado, com possíveis reféns dentro.
A notícia teria passado despercebida para Jax, se nos nomes dos possíveis doutores e pacientes que ainda estavam lá dentro, o de Tara e seu filho não tivessem sido citados. Tomado por um frenesi, Jax enfiou o cano da Magnum na cabeça de Thompson e o forçou aos gritos a anotar a senha do cartão em uma folha de papel, temendo pela vida e trêmulo, o homem anotou tudo que fora mandado. Jax, em seguida, estourou a cabeça do major com um tiro, espalhando seus miolos pelo tapete, e jogou a senha para Marquez que desaprovou a atitude inconsequente, pelo fato do numero não existir. Jax deu as costas para o mexicano, desceu pela escada de incêndio, e partiu de moto para o hospital LSU, antes que a polícia chegasse no local.

Gevolx voltara da entrevista no fim do dia, e adentrou seu refúgio. Após pisar no corredor que levava até a sala coberta por escombros, ouviu um barulho ecoando no interior da casa abandonada, e se armou com sua Sigsauer p226 para averiguar. Chegou a tempo de ver um homem, usando uma calça jeans e um casaco escuro com gorro, abaixado e se alimentando de um cachorro morto. O cachorro estava completamente aberto, e o homem levava suas vísceras e sua carne paposa avermelhada até a boca como se fosse uma besta faminta. Tremendo de medo ao se deparar com aquela anormalidade, Gevolx ficou paralisado assistindo, até que o homem o percebeu e investiu contra ele em fúria. Gevolx fugiu em direção ao seu veículo (que muito lhe serviu como cama em outras ocasiões) e deu a partida no carro. Chegou a ser agarrado no braço pela criatura, mas acelerou com o carro, deixando-o para trás. Finalmente respirou aliviado, quando sentiu um cano gelado em sua nuca... Olhou pelo retrovisor e viu uma bela mulher.
"_Janet Wilson, centro de controle de doenças. Siga o caminho que eu mandar, por favor."
Foi o que ela disse antes de desarmar Gevolx.


Ray estava entre a multidão que tentava ser contida, e Miller reforçava a parede humana contra as tentativas de adentrar no hospital. Phil (parceiro e superior de Miller) anunciou para seu pelotão o completo desagrado com os oficiais do departamento de policia de Orleans (principais responsáveis pela missão), que resolveram abortar o salvamento assim que os bombeiros chegaram. Segundo o mesmo, o nível de infecção no interior do hospital poderia ser comprometedor e, pelo fato de desconhecerem a forma de contágio, todas as formas de resgate foram abolidas. Doentes terminais, funcionários, crianças da creche da pediatria e pessoas que sobreviviam com tubos... Todos a mercê da morte, enquanto eles apenas assistiam lá de fora. Tomado por uma indignação, Phil planejou um salvamento pelas costas dos oficiais, dividindo o pelotão em dois grupos, um liderado por Miller, e o outro por Martinez... O planejamento era feito quando um ronco de moto quebrou o silêncio: Jax estava chegando.



...

16/12/12 (Domingo): Já havia passado de meia noite, a noite deu lugar a madrugada quando Archer fora solicitado pelos bombeiros para adentrar o hospital como guia, o médico aceitou e a conversa foi ouvida por Ray e Jax que estavam nas proximidades. Não tardou até que ambos se juntassem, tentando conseguir, aos gritos, uma oportunidade de entrar. Estes se acalmaram com o toque do celular de Benjamin, era Tara ligando de dentro do hospital. Benji atendeu, mas Jax tomou o celular de sua mão e conversou com a esposa. Aos prantos, Tara informou que as pessoas estavam se mordendo lá dentro, e que seu filho ficara na creche, alguns andares acima. Tara estava no armário das vassouras, se escondeu lá após ver o surto bárbaro.
"Entrem rápido, poor favor... O som das gavetas sendo espancadas no necrotério está me deixando louca" finalizou Tara, desligando o celular.

Phil rompeu o perímetro, e os bombeiros seguiram rumo a porta de entrada, sendo acompanhados por Benjamin. Ray e Jax aproveitaram o furo para correr rumo a entrada também, e o oficial da polícia se esguelava no mega-fone inutilmente, tentando fazer com que todos voltassem. A equipe adentrou o hospital escuro e, aparentemente vazio, e foram imediatamente até a sala das vassouras, mas nada encontraram além da porta aberta e o celular de Tara no chão. Todos seguiam inquietos pelos corredores vazios, observando as portas trancadas por fora e ouvindo os possíveis infectados espancando-as de dentro. Martinez tentara abrir uma delas na esperança de serem sobreviventes, mas essa hipótese fora descartada após tentarem manter contado. Miller perguntava se alguém o escutava, mas nada era respondido além de mais batidas desenfreadas nas portas. Martinez levou alguns para o terceiro andar, onde possivelmente ficava a creche, enquanto Miller levou Ray e Jax até a emergência para continuarem a procurar por Tara, Taki, ou qualquer sobrevivente.

Na emergência, encontraram Taki. A oriental se encontrava em um estado deplorável: Semi-nua, ajoelhada ao corpo de um dos seguranças do hospital, levando as mãos ao seu torax aberto e se alimentando de seus orgãos. O sangue preto escorria pelo queixo da jovem, até que ela noitou a chegada de Miller, Ray, Benjamin e Jax... Após um grito, que muito se assemelhou a um rosnar, Taki se levantou e se aproximou lentamente, observando a todos com um olhar negro e vazio. Os segundos de encaradas foram quebrados com o avanço de Taki no quarteto. Raymond tomou a frente e usou de uma pistola emprestada por Jax (roubada de Thompson) para desferir dois tiros em sua amada. A oriental caiu para trás como um boneco e lá permaneceu, enquanto Ray observava o corpo catatônico, contendo ao máximo as lágrimas e o desespero. Ray já deixava os corredores, rumo a saída, quando Jax tentou fazê-lo ficar... O homem estava desesperdo por não encontrar Tara. Sem alternativas e não querendo arriscar abrir uma das muitas salas e dar de cara com a morte, Jax resolveu ver as mensagens no celular de Tara.



Nada encontrou, senão, muitas mensagens dela para Benjamin (mensagens furtivas, feitas pelas costas de Jax). Transtornado, o homem avançou contra o médico com ameaças e empurrões, teria agredido se um infortunio maior não se apresentasse no momento: Os berros do oficial no mega-fone ainda continuavam, este insistia para que todos deixassem o lugar o mais depressa que pudessem, e só parou quando uma granada de gás lacrimogênio quebrou a janela, expelindo aquele gás incomodo para todos os lados. O famoso 'efeito moral' deixou a todos com os olhos lacrimejando e dificuldade respiratória, fazendo com que corressem, inevitavelmente, para a saída do hospital. Ao saírem, as visões embasadas não os permitiram perceber até que fossem capturados! Benjamin, Ray, Miller e Jax foram agarrados e imobilizados. Homens algemaram os quatro e levaram até algumas vans recém-chegadas na frente do hospital, onde tiveram as cabeças ensacadas e foram jogados. O mesmo aconteceu com Martinez e o resto dos bombeiros que deixaram o hospital. Nas Vans, uma identificação: CDC.

A escuridão do interior da condução e o balançar da viagem foi o que restou para eles.


Background dos personagens 



Raymond Leroy
Idade: 28
Ocupação: Segurança da 'Bachhus Club' (um prostíbulo situado na Bourbon Street)


-“Provavelmente eu morreria tentando salvar vocês três!”.
-Foi isso que eu disse para acabar com a galinhagem das três.
Eu amos essas vagabundas, mataria e morreria por elas, mas cara, eu odeio muito essa porra de sentimentalismo feminino.
-“Qual das três você ama mais” é o caralho.
Elas tiram a roupa e se esfregam em velhos brochas para viver e mesmo assim é com elas que quero envelhecer, ter filhos e sossegar, mas essas vadias sempre vem com esses papinhos.
Não sou nenhum santo, eu quebro maxilares, faço sexo e tiro a roupa para ganhar minha grana, mas porra, custa entender que eu só tenho olhos para elas?! Custa entender que eu amo essas desgraçadas mais do que a mim!
E mesmo sabendo disso elas vem com esses testes idiotas de “Quem você salvaria primeiro se as três estivessem se afogando?”.
Tomar no cu!
-Agora que eu já desabafei vou te contar o que você quer saber.
-Eu tenho 28 anos, uma vida dura, sem trocadilhos, mas que eu levo numa boa.
Provavelmente você já se masturbou vendo um filme estrelado por mim, não fique tímido cara, eu já me masturbei vendo um filme estrelado por mim.
Sim, eu moro com três mulheres, só não me julgue ou julgue elas, nós nos amamos e vamos nos casar um dia.
-Strippers? Claro que não cara! Elas são Dançarinas Exóticas. Mostre mais respeito ao se referir a elas ok. Afinal de contas eu não tenho meio metro de braço e um peso de 3 dígitos a toa.

-O que eu sei fazer de melhor? Cara desde pequeno eu sempre fui bom em quebrar ossos de otários, depois descobri que sou bom em frente uma câmera e faço uma porra de uma Margarita que deixaria qualquer vagabunda excitada só de ver o cabo do guarda chuva.
-Porra cara eu não curto muito falar da minha infância, mas digamos que foi tudo nos conformes, apesar da minha mãe ter me criado sozinha eu fui à Escola, comi algumas vagabundas durante o Ginásio, usei uma Jaqueta da Equipe de Wrestling e impedi alguns caras legais de sofrerem bullying. Não, eu não era do tipo valentão, sou Católico cara, eu ajudo as pessoas.
-E vai para o caralho com esse olhar de julgamento cara, sim eu tenho três esposas, sou violento e faço pornô e nada disso impede que eu acredite em Deus cara, algum problema com isso?
-Não né, foi o que pensei.
-Continuando, eu fui a faculdade, mas vi que não era a minha, esses caras de fraternidade me dão nojo, só servem para te irritar e te perturbar, claro que depois do 5º ou 6º que você arrebenta eles param de te encher, mas enfim.
-Cara, eu amo o Mardi Gras, eu me sinto especialmente excitado nessa parte do ano, por mais que seja fiel a minhas esposas quem não gosta de ver peitos!
- O Malcom é meu camarada e é um bom chefe. Eu protejo ele e seus negócios e ele protege minhas meninas, não pede nada para elas do que pede para as outras. Esse crioulo é como um irmão para mim.
Além dele tem aquela bichona da Anna, você acredita que os caras não conseguem acreditar que ela é homem cara. No fim das contas ela, ou ele, é gentil e cuida da boate de modo bem tranquilo.
- Não cara, não curto drogas, e por favor, joga a fumaça para outro lado enquanto fala comigo, se não for pedir muito.
- Enfim cara, acho que é isso. Aonde assino? Ok.
- Então vamos lá, vamos começar a filmar. Onde estão as artistas que vou contracenar hoje?





Benjamin Archer
Idade:30 anos
Ocupação: Médico Legista (Hospital LSU - NO)

Benjamin Archer nasceu numa tradicional família de médicos que por gerações seguiam essa profissão. Desde sempre seus pais o viram como uma criança extremamente responsável e inteligente para a sua idade. Benjamin sem nenhuma pressão queria seguir os passos de seu pai e com a tradição de sua família. Sempre se esforçou nos estudos e com excelentes notas era o orgulho dos pais. Com o passar do tempo o ainda jovem Benjamin conseguiu entrar numa conceituada universidade da Louisiana (Universidade do Estado da Louisiana) para cursar medicina.

Com uma capacidade incrível de entendimento do corpo humano,Benjamin se destacava entre os alunos. Anos mais tarde Benjamin se formou finalmente em medicina para a alegria de seus pais e sua família. Após terminar a faculdade de medicina Benjamin se tornou Medico Legista fazendo pós-graduação em Medicina Legal (Em alguns estados dos EUA a presença de legista para se fazer a autópsia é lei,o estado da Louisiana é um). Anos mais tarde Benjamin se encontrava no melhor momento de sua vida,casado com um filho que tanto queria ter,enfim,
A vida que tanto batalhou para conseguir. Se tornou um conceituado legista e com isso sua carga horária de trabalho se tornaria insuficiente para dar lugar a sua vida amorosa e familiar.

Benjamin contudo achava que a situação estava ótima pois sua família vivia confortavelmente,seu filho estudava na melhor escola possível. O que mais Benjamin?
O fato de Benjamin se sentir bem com a situação não significava que sua esposa Ellen e seu filho Andy também se sentissem. A vida de Benjamin começou a tomar um rumo diferente quando Ellen começou reclamar sobre sua relação com Andy que diferentemente do pai era
uma criança quieta e mimada.Benjamin dizia que isso era da idade e que conversaria com o filho assim que o trabalho desse folga. Os dias se passaram e tudo ficava cada vez mais complicado para Benjamin,se por um lado seu trabalho era extremamente bem sucedido.por outro sua vida familiar estaria se tornando um inferno. Benjamin e Ellen passaram a viver com constantes brigas e Andy ficava cada vez menos sociável com o pai. A situação foi ficando cada vez menos sustentável até que Ellen pediu o divórcio e a guarda de Andy.

O que alguns anos se tornava uma família perfeita,agora era apenas mais uma família destruída pela sociedade. Benjamin a partir dai passou a viver uma nova ''fase'' mas que parecia familiar pra ele pois o mesmo não convivia muito com a família. Ellen se mudou para Ruston,que ficava bem longe da capital Baton Rouge onde Benjamin morava e trabalhava. Benjamin fazia visitas a Andy que não a recebia com muita alegria,era uma criança complicada e Benjamin começou a entender a sua parte nessa história. Benjamin então decidiu que passaria mais tempo com Andy. Mas um certo dia ele recebeu um telefonema desesperado de Ellen dizendo que Andy estava com estranhos sintomas e ela não sabia o que fazer. Benjamin então pediu para que Ellen citasse os tais sintomas. Ellen relatou que Andy de 2 horas pra cá estava com uma estranha ferida no braço que ficou arroxeada e agora ele estava com
uma febre alta.

Benjamin então pegou seu carro e foi em direção a casa de Ellen. Chegando a casa da ex-esposa Benjamin foi examinar Andy suspeitando que fosse alguma picada de algum animal venenoso. Mas estranhamente Benjamin nunca tinha visto essa combinação de sintomas.
A febre agora estava mais alta ainda e Andy começou a mostrar dor,tremores,dormência e paralisia parcial dos membros inferiores. Benjamin então levou Andy para o hospital mais próximo. A espera era agonizante e Ellen e Benjamin pareciam saber o que estava por vir.
Algum tempo depois o médico chefe chega com a notícia de que infelizmente foi constatada a morte cerebral de Andy. Ellen não conseguia esboçar nenhuma reação e enquanto a Benjamin apenas uma coisa passava em sua cabeça: ''A culpa foi minha''
Os médicos locais sabendo de sua conceituada graduação e sem saber nada sobre o que afetou o menino,pediu uma coisa um tanto absurda. Pediram para que Benjamin fizesse a autópsia de Andy para descobrir a causa da morte que não tinha sido confirmada. Benjamin claramente rejeitou e saiu porta á fora completamente desesperado e sem rumo.




Personagem: Di Gevolx
Idade: 35 anos
Ocupação: Peregrino


_Não posso parar. Se eu paro eu penso, se eu penso eu choro, se eu choro eu morro.

Sol e trovões lutavam neste dia,
A aurora desalmada chorava agora vazia,
Lágrimas de sangue preenchendo o mar,
Um Rio que nasce de nenhum lugar,
Aborta a morte e rompe o cordão umbilical,
Parindo por sorte um demônio angelical.

Explicação: Gevolx nasce em meio ao caos civil na Itália, deixa seu berço ainda novo e parte para América do Norte em busca de uma nova terra, onde acaba servindo ao exército dos EUA, após muito batalhar e se virar sozinho atrás de um espaço na sociedade norte-americana, mas é ferido gravemente.

Cresce na bota, navega a leste,
Deixando a lama, a dor e a peste,
Em seus sonhos procura o Éden encontrar,
Por jardins se perde sem maçãs a brotar,
Sobre guerras se ergue seu alicerce,
E nos ferimentos à esperança até que ela se cesse,
Dos enfermos uma Eva pontifica um começo,
Em seu ventre anuncia a felicidade e seu preço,
Em seus braços a noite se permitia amar,
Enquanto sua filha de dia, o chama a brincar,
Agradasse a Deus e tenta se redimir
Explica a palavra em sua batina a vestir.

Explicação: Gevolx é tratado e se apaixona por uma enfermeira, com ela se estabelece e tem uma linda filha. Ele se torna pastor e passa a ajudar os carentes contra os opressores do local, o que desencadeia uma retaliação... A morte de sua mulher e filha.

Para muitos traz conforto, carentes se alegram,
Munido da palavra, escravos se libertam,
O prejuízo de poucos começa a incomodar,
Mas custo é alto e o Demônio vem cobrar,
Leva sua mulher, sua filha, sua alma ferida
Deixando de troco sua mão estendida,
O apocalipse pesa sobre seus ombros,
Que caminho seguir em meio aos escombros?
Amor e o ódio em sua mente a vagar,
Um xadrez de opostos e ninguém pra jogar,
O que sobrou de si no purgatório além do bem e do mal?
Um nômade caminhando sem destino em meio ao juízo final.

Explicação: Gevolx regrediu ao seu estado quando chegou em terras norte americanas. Se tornou um andarilho, e vaga sem rumo em busca apenas de sua sobrevivência. Uns o chamam de mercenários, eu acho tal palavra um tanto quanto um equívoco. Gevolx é apenas um homem que, após tudo perder, ficou a vagar como um misterioso peregrino. Escravo do capitalismo, assim como todos nós, não lhe restou alternativas a não ser viver de serviços, serviços que por muitas vezes contradizem a a fase boa ao lado de sua falecida esposa. Sua fé vai se tornando mais questionável conforme os dias vão passando... Mal sabe tal homem que o apocalipse se aproxima e, talvez, essa fé que escapa timidamente por suas mãos, pode lhe ser sua arma mais eficaz.

"Deuses e Demônios lutam pelo que sobrou de sua alma, compaixão e vingança dão as mãos e prometem abraçar seu espírito."




Brendan Miller
Idade: 
Ocupação Bombeiro

Brendan sempre teve uma vida perfeita, nunca lhe faltou nada ou houve motivos para reclamar. Cresceu em Manhattan - NY, e estudou em um bom colégio particular dos arredores, onde conheceu Jamie Hill. Esta veio a tornar-se sua namorada, e juntos permaneceram até o dia da formatura.
Este fora o dia em que sua vida mudou para sempre pois, na volta para casa (após receber o glorioso prêmio de rei e rainha do baile) um acidente trágico capotou o carro de Brendan, levando-o a um estado de inconsciência. Ao retornar, Jamie estava morta e presa nas ferragens, mas o ele conseguiu se manter vivo até que a ajuda chegasse. Sobreviveu com a convicção de que Jamie talvez estivesse viva, se não fosse pelo auxílio que tanto tardou em chegar.
Após isso, Brendan sofreu sérios problemas psicológicos, tendo que receber tratamento com especialistas. O antigo atleta, se entregou ao vício do álcool e cogitou em diversas noites hipóteses absurdas a respeito de seu destino. Certamente teria feito uma besteira se não se recuperasse a tempo, anos após o acidente, e finalmente desse um rumo definitivo a sua vida.
Brendan realizou um sonho de Jamie que era se mudar para o interior (algo que o mesmo sempre se esquivou, mas agora acreditava que devia isso a ela), e lá, construiu sua vida emancipada ingressando em estudos focados ao concurso seletivo do corpo de bombeiros. Brendan queria se tornar um herói, para evitar que acontecesse a outros, o que aconteceu a sua Jamie.
Bem antes dos 30, o jovem se formou, tornando-se parte do corpo de bombeiros federal de Nova Orleans (Credit Union), onde vive atualmente. Vive uma vida renovada, e enfrenta uma fase boa, porém, certas dores nunca são anestesiadas, assim como algumas cicatrizes jamais serão fechadas.


Estes são dados da campanha do Matheus, um dos moderadores da Page que tem preguiça de postar no blog xD

Espero que aproveitem o material e se divirtam! Ele usa um sistema de regras importado, mas que você pode adaptar para um sistema que já conheça =D.


Sucesso decisivo a todos!!!




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