quinta-feira, 11 de abril de 2013

Entrevista- Autor do livro o grito vermelho




Estou lendo o livro do Bruno e resolvi registrar um pouco do autor aqui, através de algumas perguntas bem simples e saber um pouco mais da relação dele com o RPG. Quem é Bruno Godoi? Confira abaixo no primeiro item.


1.Quem é o Bruno Godoi?
Bruno Leonardo de Godoi e Silva nasceu em Divinópolis, Minas Gerais, em 14 de julho de 1980. Serviu por quatro anos no Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (10° BBM – Divinópolis). Graduado em Engenharia Civil pela FUNEDI/UEMG – Divinópolis/MG. Apaixonado por simbolismos religiosos e um amante das Letras, apresenta suas primeiras incógnitas para as equações das palavras. Ainda, amante de videogame (Sonysta assumido), animes (Yuyuhakusho e Claymore, meus preferidos), filmes, música, RPG (Vampiro: A Máscara, meu preferido) e literatura.

2. O que te levou a escrever um livro baseado em uma campanha de RPG?
Jogo RPG há quase 16 anos, grande parte desse tempo foi na posição de mestre, portanto, muitas e muitas narrativas foram criadas por mim durante esse tempo. O Grito Vermelho seria, a princípio, a primeira parte de uma narrativa para jogadores mortais (Caçadores Caçados), onde seria utilizado mais a interpretação dos jogadores e não as regras (coisa que gosto muito de fazer), portanto, ao escrever toda a história pregressa da narrativa que se passaria em Paris, 1960, notei que muitos elementos estavam sendo criado ali, na brincadeira. O que seria um jogo para três ou quatro sessões, se tornou “corpo” de um romance. Então, decidido, optei por continuar a escrita. Ao fim, depois de muitas páginas, acabamos que jogamos apenas duas sessões, e voltei a escrever e terminei a narrativa. Isso se passou em maio de 2012. Fiquei por dois meses escrevendo até terminar o volume 1. Uma curiosidade: no Grito Vermelho, os capítulos que se passam no Brasil aconteceram de fato naquela sessão de RPG (éramos em número de 6 jogadores, eu e mais 5).

3. Que cenário/ sistema vocês estavam jogando para te inspirar a escrever esse livro?
Vampiro: A Máscara. Caçadores Caçados, com personagens mortais (ficha normal), com um ponto de disciplina para cada um (sim, deixei os jogadores escolherem um ponto de disciplina – Nível 1 - e claro que não foi disciplina que alterasse o corpo do jogador, e sim, coisa mais sutil como Dominação, Presença, Quietus, Ofuscação, etc).

4. Quando como você conheceu o RPG?
Em meados de 1996.

5.Quais os seus sistemas/ cenários favoritos?
Vampiro: A Máscara (ambientado nas décadas passadas).

6. Qual a previsão para sair o resto da trilogia?
Penso em lançar o volume 2 ano que vem. Antes disso quero trabalhar outros três livros que tenho: As Crônicas da Mãe-Terra, Maldito e Sangue-Partido (todos prontos e preparados para enviar para as editoras analisarem).

7. Qual a dica que você deixa para galera da Page que joga RPG e também queira escrever um livro como você fez?
Escrevam sem medo! Tudo que tiverem vontade passem para o papel, independente de alguém gostar ou não. Deixe a criatividade fluir, não se reprima. Após isso, releia tudo que você escreveu e lembre-se de um livro ou escritor que você goste e estude o estilo dele (a forma como ele “apresenta” as palavras). Assim, “crie” seu estilo e o edite à sua intuição, “crie” sua impressão literária e continue escrevendo. Pesquise, busque opiniões de quem entende, e não de quem vá te criticar sem antes apresentar algo de produtivo. Fuja dos sofistas que transbordam em nossa sociedade! Jogue Playstation, assista filmes e animes, durma, se alimente e namore, e, claro: leia.

8. Considerações finais.
Passamos por um momento em que o termo “nerd” virou moda, e como moda, tudo passa, portanto, aproveitemos essa moda para mostrar que há inteligência no nosso meio, que não somos o que a sociedade antes apresentava. Jovens ou adultos, entendidos ou não, nerds ou não, tudo é arte, tudo é cultura, e tudo merece ser apresentado, respeitado e divulgado. Sem arte e cultura nunca mudaremos as pessoas ao nosso redor. E pessoas ao nosso redor, inclui, também, nós mesmos.



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