sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Campanha: Crepúsculo a nova ordem imperial

Começamos a rolar os dados e nesse período inicial, temos o background  e  os primeiros passos de dois jogadores dessa campanha.
Confira o primeiro aqui:



E o segundo aqui:


Yushin acorda cedo e em sua rotina diária no monastério em que vive a anos, dirige-se até ao pico da meditação, como de costume.  Em posição de lótus, virado para o nascer do sol em um dos vários montículos espalhados pela área rochosa que antecede o precipito que termina em forma de ponta em direção ao vazio de uma queda livre. A sua concentração é profunda e os seus pensamentos   mesclam-se com a natureza ao seu redor, torna-se únicos, duas partes de um todo, em perfeita comunhão. Exatamente por essa união, ele percebe a vibração do ar com a chegada de um corpo estranho nessa teia de tranquilidade. Lentamente ele abre os olhos, quando uma voz chega em seus ouvidos. Trata-se de Mirumoto Sanju, samurai do clã Dragão. Sanju o convida a fazer parte de uma viaje até o território do clã Garça que formalmente realiza uma festa de aniversario a um dos nobres da região e que aproveitou a oportunidade para convidar alguns representantes do clã para festejar e discutir certos assuntos importantes sobre a segurança do império. Yushin aceita de bom grado e até considera uma honra, quando o samurai parte e o aguardará no templo ao final da tarde.

Enquanto isso, nas terras da Garça, Sharizan Daidoji encontra-se de joelho, curvado sobre um pergaminho, escutando atentamente aos ensinamentos de sua mãe, Rin Daidoji. Ela macera ervas em um mecanismo simples de vai e vem, curvada, indo e vindo, lentamente, enquanto fala ao seu filho: “Shari, cuidado com aquilo que sai da sua boca, palavras ditas, nunca serão esquecidas”. Essa frase encerra um conjunto de lições registradas em 13 rolos de pergaminhos, escritos ao longo de uma semana, logo após a realização do Gempukku do jovem Sharizan. Nisso, chega o seu tio e leva-o para ter lições com o chefe da família, o seu pai; Shin Daidoji. Sharizan recebe lições sobre estratégias, não apenas com a espada, mas com as palavras também e é repreendido com um golpe no ombro que fica dolorido, ao falar o que não deve e responder a coisa errada para a pessoa errada. Seu pai já é bem velho, contando 104 anos e já fala com certa dificuldade, curvado pela idade, porém, ainda mantém uma voz inspiradora e limpa, apesar de um pouco arrastada. Aqui, Sharizan aprende que uma palavra tem o poder de prosperar  a paz ou incitar a guerra, dependendo de quem e como a profere. Que a comunicação é uma arma tão poderosa quanto a espada e se souber como usá-la, raras vezes será preciso sacar a espada. Sharizan também treina o seu Iaijutsu com o seu tio, marumoto e fica sabendo que terá que acompanha-lo no evento que ocorrerá em suas terras. Nisso, o jovem garça escreve uma carta e confecciona um pássaro na madeira, um artesanato feito com esmero, após inspira-se nas folhas de cerejeiras ao vento cercada com alguns poucos pássaros multicoloridos. Envia tudo a sua futura noiva, Takero Yumi, filha de um comerciante do ramo de Saquê. Envia a carta e a recebe enquanto já partia para o grande evento, sendo enviada e recebida pelo mensageiro de confiança de sua casa. O prestativo serviçal alcança a carruagem e entrega a resposta de sua amada que fica muito feliz com o presente e enche o coração do garça de orgulho e confiança.
Voltando para o monge do Dragão,  Yushin prepara-se para sair do seu local de meditação e seguir em direção ao templo, quando escuta o farfalhar das folhas na vegetação que compõe o seu caminho. Escutando atentamente, reconhece, em meio a sussurros e risadinhas, as vozes de três pequenos monges que tem um grande carinho por Yumi e o tratam como um irmão mais velho ou até mesmo como um pai. Os moleques traquinas estavam escondidos, querendo assustá-lo, espreitando “ furtivamente”.  O monge mais velho caminho próximo a mata e saca uma pequena que junto a um corpo infantil, revela-se ser Shin. Os outros dois, Shai e Shen, são “ revelados”  e fraternalmente repreendidos por perderem tempo com coisas fúteis quando o tempo deles poderia ser melhor aproveitado com o aprimoramento de suas mentes e corpos.



O monge arruma as suas coisas e aguarda o samurai com mais um acompanhante monge do templo. Os três descem com tranquilidade, sem se perder pelas montanhas e no meio do caminho encontram três Buso Tigbanua. Dada as hanilidades do samurai que o acompanham, não seria problema algum derrubar essa quantidade de monstros, mas o problema é a habilidade infectante da criatura que atrás de suas garras transforma as suas vitimas em Busos, meio que uma zumbificação .  Os dois monges e o samurai tentam enfrentar as criaturas com cuidado, mas Yushin é ferido e contaminado, mas as feras são derrotadas.  Marumoto tenta leva-lo até um curandeiro mais próximo, mas o monge não resiste e a sua transformação é irreversível. Conclusão, Yusin, personagem do Falber é sacrificado pelo samurais que aceita o seu destino com honradamente como o são os monges do Dragão e deixa a sua cabeça ser cortada enquanto a doença/ maldição avançava cada vez mais.

Esse foi o final da 1° sessão do primeiro grupo no universo de Rokugan. Aqui, os eventos foram resumidos. A minha campanha pretende abranger mais de um grupo, rolando história simultaneamente por todo o império de Jade, até chegar ao grande clímax que culminará do título da campanha; Crepúsculo, a nova ordem imperial.  Espero que esses registros ajudem-no, seja na sua campanha em Rokugan ou qualquer outro que tenha elementos orientais.

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