quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Resumo ao encontro dos escudos- inspiração


E aew RPGistas de plantão, tranquilo com vocês?
Passei um tempo afastado da fã page por motivos de estudo, infelizmente RPG não é minha principal fonte de renda e então resolvi estudar mais pra ver se consigo ir além. Mas deixando de falar de mim, quero compartilhar com vocês algo muito interessante que está acontecendo nas histórias que estou mestrando. Jogo D&D desde quando lançaram a versão 3.0, alguns devem achar que mestro a pouco tempo mas outros podem achar que é tempo suficiente para ter grandes experiências.
Através desse espaço espetacular, montei uma mesa de RPG em Imperatriz - MA que inicialmente não conhecia ninguém e muito menos alguém que jogasse RPG. Depois de mandar um aviso aqui na fã achei uns caras pra montar umas aventuras.
Foi um sucesso total, no início pensei que seria uma mesa normal como as que já mestrei antes e logo percebi que havia algo diferenciado com esses players.
Me empenhei ao máximo criando histórias (  Forgotten Realms) e eles em vivê-las, até que surgiu uma ideia diferente de um jogador que foi o personagem dele criar um diário sobre os fatos que acontecem em sua vida. Galera muito bom, os diários ficaram cada vez mais legais e me ocorreu a vontade de postar aqui mais pessoas lerem, posto que realmente é uma boa leitura.
Abração e boa leitura





Resumo ao encontro dos escudos

Dia 01, do mês da Lei da Chama, do ano de 350 da F.C.G. e ano 1372 da contagem do Computo dos Vales
Belegûr Gorthaur G., Clérigo de Kossuth.
Ontem embarquei em Cormyr, na cidade portuária de Marsember, uma metrópole com mais de trinta mil habitantes.
Marsember é a segunda maior cidade do reino de Cormyr, segundo o capitão da embarcação. Essa cidade é repleta de ilhas conectadas por pontes e recortada por canais. Nunca vi tantos plebeus e “homens livres” na minha vida, é tudo muito estranho para mim, todavia, consegui manter meu disfarce, apesar de que, claro, já terem percebido minha origem nobre.
Logo que adentrei na cidade fui deparado com um comércio pujante, com pessoas negociando mercadorias e quinquilharias, carroças, porcos, galinhas e todo o tipo de ralé que poderia imaginar.
Como não poderia deixar de ser, logo notei um ilícito acontecendo, um homem usou de prestidigitação e furtou a bolsa de uma Elfa que mal sabia eu mudaria todo o rumo da minha jornada.
Aproximei da vítima e informei do ocorrido. Enquanto ela ficava sem palavras e sem saber o que fazer, outro Elfo que estava junto com ela correu para capturar o meliante, que foi seguido por mim acompanhando a Elfa e um homem trajando armaduras. Seguimos o ladrão até um corredor guardado por um meio-orc imenso com uma espada afiada às mãos. Tentei conversar com a criatura primitiva, porém, sem resultado. Diante disto, por pura inocência, continuei meu caminho, cruzando o corredor entre o meio-orc e a parede de uma loja de mantimentos e nesse momento fui atacado.
Hoo que dor excruciante, só não gritei com todas as forças de minhas cordas vocais porque fui silenciado por aquele ferimento mortal e encostei na parede, inconsciente, enquanto o meu sangue de nobre escorria pelas minhas vestes surradas. Quando recobrei a consciência havia sido curado por uma poção ministrada pela Elfa, que trajava um arco muito bem forjado (!), fui levantando e logo vi o meio-orc agonizando no chão, a espada do homem trajando armaduras banhada em sangue e o Elfo com um arco em punhos.
Os recém conhecidos estavam querendo continuar a busca pelo ladrão da donzela Elfa, porém logo os adverti que precisava de maiores tratamentos, pois meus ferimentos ainda ardiam em minha pele, o que de praxe fui agraciado pelo homem de armaduras com uma nova poção de cura que recobrou toda minha saúde. Achei muito estranho a gentileza do musculoso homem, algo que nunca havia visto em minha terra.
Enquanto isso os passantes, estupefatos pelo acontecimento, tumultuavam o local e chamavam por uns tais “Cavaleiros do Dragão Púrpura”. Nesse momento a Elfa, que se apresentou com um nome que não me recordo – Elfos têm nomes estranhos –, ficou inquieta e tentou de todas as formas nos desvencilhar e sair do local, o que despertou minha atenção. Questionei-a o porquê do medo dos soldados, porém não consegui nada como resposta, então a indaguei se não havia permitido aquele assalto de propósito, o que deixou à misteriosa Elfa embaraçada com as palavras.
Em razão das perguntas sem respostas decidimos seguir para alguma taverna, todos desconfiados da Elfa, que não parecia tão indefesa como queria que fosse. Mas antes todos nos apresentamos: o Elfo que estava a conversar com a Elfa disse que seu nome era Borin e o altivo guerreiro chamou-se de Trodesk – ou algo parecido - e eu me apresentei como Belegûr Gorthaur, Clérigo de Kossuth.
Chegando lá tentei intimidar a Elfa, exigindo informações da origem dela e ameançando-a de entrega-la para os soldados, atitude que foi aprovada pelo guerreiro, enquanto Borin se embriagava com vinho.
Com o calor da conversa aumentando, a Elfa passou a mudar sua postura, mostrando seus armamentos para me intimidar, a partir daí eu já sabia, ela estava pronta para uma possível batalha. A Elfa disse que estava atrás de um mago nômade muito poderoso e que poucos
conseguiam encontrá-lo, pensei até tratar-se da mesma pessoa da qual eu buscava, ledo engano, a fêmea procurava um mago especialista em portais mágicos.
Entretanto, antes de findar a discussão, a porta soou batidas e escutamos vozes gritarem “somos Cavaleiros do Dragão Púrpura, abram a porta!”, rapidamente a Elfa colocou uma cadeira para impedir a porta de abrir e de pronto tentei tirar a cadeira do local, gritando em avisos aos soldados para entrarem. Nesse momento, a Elfa apontou seu arco contra mim, seguida do maldito Borin quue também apontou sua arma contra mim, o Elfo bêbado parece ter se apaixonado pela Elfa e queria protegê-la.
Recuei temendo por minha vida e logo a Elfa correu pela janela e pulou no exato momento em que os soldados adentravam no quarto. Explicamos para os soldados o ocorrido e eles nos informaram que a Elfa era filha de um nobre que estava oferecendo um milhão de peças de ouro para quem capturasse a fugitiva. Os soldados nos dispensarem e a meu pedido informaram da localização de um famoso mago da cidade que poderia ser encontrado em sua loja de artigos mágicos.
O formado grupo decidiu por manter-se unido, preparar-se e sair em busca da Elfa para ganhar a recompensa pela sua captura, mas antes disso seguimos para a loja de itens mágicos afim de nos preparar para nossa busca. Na loja conversamos com o Mago, que nos informou um pouco sobre a região e nos alertou sobre os perigos que assolam a todos. Aproveitando o momento perguntei sobre o Necromante, o Mago me advertiu novamente para tomar cuidado em perguntar sobre ele tão abertamente, mas me informou que ele havia partido da cidade na noite anterior, mas que eu poderia encontrá-lo cavalgando em um corcel negro com um símbolo vermelho em sua nádega direita.
Depois de conversar com o Mago fomos negociar a compra de uma varinha de cura e enquanto isso Borin correu desesperadamente da loja, saímos ao seu encalço e logo vimos junto com ele o ladrão que havia roubado a Elfa. O abordamos, ele nos intimidou mostrando suas mágicas espadas curtas e continuou seu caminho. Nesse instante Borin
de forma misteriosa nos disse que ia fazer algo e que era para nos encontrarmos na mesma taverna da confusão, combinado isto, eu e o guerreiro fomos vender a espada que havíamos pegado do meio-orc que quase me matou.
Enquanto negociávamos a espada com um ferreiro próximo, Borin chegou à loja correndo e respirando fundo, avisando que devíamos segui-lo, pois ele havia encontrado a Elfa. Ao dizer essas palavras rapidamente o seguimos. O caminho dava para o norte, pela floresta, em uma estrada usada para viajar até à capital de Cormyr, a cidade de Suzail. Compramos cavalos e seguimos o caminho.
Naquela noite acampamos na floresta, a uns dez metros de distância da estrada em uma abóboda artificial, criada com a derrubada de algumas árvores. O primeiro a vigiar foi Borin.
Parece que eu estava dormindo havia dez minutos quando o Caçador – nesse momento Borin já havia mostrado muitas de suas habilidades como Caçador – acordou a todos e disse que estávamos sendo vigiados. Alertados ouvimos o roçar de armaduras vindo pela estrada da floresta enquanto várias sombras nos cercavam.
No momento em que cogitávamos o que fazer, uma criatura entre as sombras revelou-se e nos perguntou o que estávamos fazendo ali. Era uma criatura incrível, coberta de folhas e galhos, tinha a silhueta de um homem alto e magro, com o rosto talhado em um pedaço de tronco de madeira e falava calmamente, com uma voz suave como o cantar de pássaros.
Borin logo se curvou e disse que éramos servos da floresta.
Que ultraje! Até agora tolero as ações de Borin por se tratar de um habitante das áreas selvagens e alcoólatra.
Em respeito aos meus deuses, corrige o Caçador e disse que era um Clérigo de Kossuth – minha outra divindade por hora deve permanecer sem ser revelada – e que não estávamos ali para destruir a natureza ou os seres viventes naquela floresta. Acreditando em nossas palavras, o Guardião Verde – foi como ele se nomeou – pediu nossa ajuda para expulsar seus inimigos. Sem muitas opções aceitamos. Então
ele nos levou até o topo de uma árvore por degraus de madeira magicamente criados e mostrou uma cabana de madeira muito grande a noventa metros de distância de onde estávamos.
Depois de conversar, decidimos que o Caçador deveria espionar o local. Para nos ajudar o Guardião passou uma tinta mágica de cor esverdeada que nos permitia ficar camuflados entre as folhagens das arvores.
Passados dez minutos, que mais pareceram dez horas, o Guardião Verde voltou avisando para nos encontrarmos com o Caçador, o que fizemos prontamente. Chegando até onde ele estava escondido, nos deparamos com a Elfa e dois corpos ao chão! Mesmo achando aquilo muito estranho não me prolonguei nos questionamentos e perguntei o que deveríamos fazer. Porém, antes de definirmos algo, um homem saiu da cabana e começou a andar até onde estávamos. Quando o desavisado aproximou-se o suficiente, o ataquei, seguido pelo caçador e guerreiro: menos um. Decidimos invadir a cabana e acabar com o grupo de supostos bandidos.
Eu e Trodesk ficamos ao lado da porta principal, enquanto a Elfa subia por cima da casa e Borin ficava próximo com o arco preparado. Após escutar barulhos dentro da casa - que provavelmente eram da Elfa matando os bandidos -, a porta principal se abriu e o pobre que pretendia sair da cabana foi saudado com o ataque de uma maça estrela no peito, uma espada no pescoço e uma flechada no olho. Foi um bom trabalho em equipe.
Dentro da cabana a Elfa já havia acabado com todos, restando apenas mapas em cima de uma mesa comprida de madeira localizada ao centro da cabana.
Enquanto ficamos para procurar algo importante dentro da cabana a Elfa saiu. Nada fizemos para impedi-la, pois enfrentá-la já nos parecia impossível diante da amostra de suas habilidades que já havíamos presenciado.
Após alguns minutos, a bípede feminino voltou correndo e avisando que deveríamos sair da casa, pois estavam vindos vários
homens ao nosso alcance. Chamamos Borin, que estava entrando em um quarto trancado da cabana, saímos e nos escondemos enquanto mais de vinte homens se aproximavam em cavalos da cabana e começavam a vasculhar tudo.
Passado o perigo, nos reunimos para conversar com a Elfa, da qual esta nos explicou toda a situação.
A misteriosa Elfa largara sua vida de nobre para viver de aventuras como uma mercenária que vendia informações importantes por preços altos. E nesse exato momento ela estava buscando uma informação muito valiosa. Antes de eu e Tordesk nos unirmos aos dois, uma dupla de nobres montando cavalos aproximara-se da cabana, conversara com o suposto chefe do bando e recebera um saco repleto de ouro. Um dos nobres era um Mordomir, a família mais rica de Cormyr depois da família real, e a Elfa estava lá tentando descobrir quais informações estavam sendo negociadas, para quem e por que.
Após uma longa conversa, após algumas informações, chegamos a determinadas conclusões:
1º O antigo rei de Cormyr, Azoun IV, coroado em 1336 C.V., falecera e deixara o trono para seus dois filhos que por serem jovens demais não podem assumir o reinado, que passou a ser comandado pela filha de Azoun IV, Alussair Obarskyr;
2º O irmão mais novo do antigo Rei e líder dos Cavaleiros do Dragão Púrpura seria o próximo a assumir o trono caso houvesse a morte dos filhos e filha de Azoun IV, porém, não cogitamos como primeira possibilidade dele assassinar seus sobrinhos;
3º Somente algum nobre com muitos recursos financeiros poderia comprar informações de Mordomir, pois este é muito rico. Logo, esse nobre seria de outro reino, um reino muito rico: Sembia;
4º Com a morte dos príncipes e do irmão do antigo rei, a família Obarskyr acabaria, então o nobre que esta comprando informações tentará assassinar os príncipes, colocar a culpa no irmão de Azoun IV e assumir o trono de Cormyr como herói. Para isso, ele irá realizar seu ato no próximo Encontro dos Escudos, que acontecerá no Vale da
Batalha, na Terra dos Vales, durante Festival de Verão, no primeiro dia do mês de Eleasis do corrente ano e reunirá nobres de várias localidades de Faerun, incluindo a família real de Cormyr. Ao final de tudo Mordmoir alveja um título maior para si;
Decidido sobre isso, descasamos aquela noite para partir rumo ao Vale da Batalha.
Dia 02, do mês da Lei da Chama, do ano de 350 da F.C.G. e ano 1372 da contagem do Computo dos Vales
Acordamos no nascer do sol, continuamos nosso caminho pela floresta de Marsember, pagamos ao dono de uma embarcação e atravessamos o Rio Wyvern. Quando estávamos navegando pelo rio límpido e claro, observei uma criatura que nunca havia visto antes, tratava-se de um Genasi da terra portando uma belíssima espada, aproximei e tentei iniciar uma conversa, precisava analisa-lo melhor. Porém, a criatura parecia ter algum empecilho mental que a impedia de manter uma conversa racional, então logo me distanciei e continuei minha viagem pedindo proteção aos meus deuses.
Estou avistando a outra margem, acho que já é Sembia.
Não há morte, há imortalidade

Autor: Glauberson Giffony 

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