sábado, 29 de setembro de 2012

ENIGMA DA FENDA


O Pássaro

 " Eu lhe disse que quando um animal ascende em vida ele se torna imortal, não? Pois olhe meu filho, esta sombra no céu é O Pássaro"  -Simur, monge do norte


" She'nua, uma grande águia que vivia nos limites da cidade de Villa Forte entre as montanhas conheceu Petrus, um druida conselheiro, admirado pela sua sabedo" Eu lhe disse que quando um animal ascende em vida ele se torna imortal, não? Pois olhe meu filho, esta sombra no céu é O Pássaro"  -Simur, monge do norte
" She'nua, uma grande águia que vivia nos limites da cidade de Villa Forte entre as montanhas conheceu Petrus, um druida conselheiro, admirado pela sua sabedoria ainda muito jovem. Ambos compartilhavam uma íntima ligação com a Mãe e conversavam o tempo todo, mesmo em sonhos, quando She'nua passava o conhecimento dos animais e dos ares a ele, e Petrus era um aprendiz ávido. Um dia, porém, após batalhas em defesa de Villa Forte, Petrus foi chamado a buscar ervas dentro da mata ao norte da cidade. Juntamente com Leohmyr, adentraram as matas, mas foram um pouco fundo demais. Ao entrarem nas Fendas das montanhas, deram de cara com salões repleto de riquezas e quiseram voltar, o que foi recusado por Leohmyr, sempre astuto. Acabaram surpreendido  por um ataque brutal de feras que ali viviam, quando Petrus foi mordido na perna e teve uma mão decepada. A águia atacou em defesa de seu amigo, porém Petrus não resistiu e também morreu submerso ali, nas águas que brotavam das nascentes do Flurinnë.
She'nua tambem caira, e nao conseguia voar, quando uma das feras veio em sua direção pisando sobre o ouro e as jóias que enchiam os salões rochosos. Foi então que um som estrondoso atingiu a todos, junto de uma imensa luz que saia das águas e do corpo de Petrus. A alma de Petrus, azulada e brilhante envolveu She'nua e fez suas penas crescerem e seu tamanho (que antes já era imponente) dobrar. O raio de luz afugentou as bestas e o sol brilhou entre as fendas quando o grande pássaro viu todos os druidas mortos. Com um salto voou entre as pedras e sobre os céus dos reinos do sul.. Ela agora era imortal."



O portal de Aridah

Quando Leohmyr conseguiu derrotar uma das bestas da Fenda, e roubou um bracelete de esmeralda dentre os tesouros que ali se acumulavam, o jovem druida ficou confuso e sua mente se turvou. Uivos e rosnados vinham das entranhas da pedra. Leohmyr tremia,e, aos passos trôpegos seguiu mais e mais fundo dentro das cavernas, caminhando dentro das nascentes do Flurinnë, fugindo dos rugidos e barulhos de metal que batia. Foi seguindo rocha adentro, sem esperar o que poderia lhe acontecer.
Cansado, caiu de um estreito na rocha, dentro de um poço que borbulhava, no ponto mais profundo da fenda mais antiga daquelas montanhas. Leohmyr pensou estar morto enquanto afogava e contorcia-se sugado pela água, mas acordou numa terra ainda mais tenebrosa e imprevisível: entre os rochedos pontiagudos de Aridah. Ali, a mesma água do Flurinnë ainda restava, uma das únicas fontes de água presentes naquele local moribundo e amaldiçoado.
Ele saiu da pequena fonte, que não corria, apenas formava um poço que borbulhava no fundo de um vão entre dois rochedos gigantescos. Era impossível escalar. Ao olhar para o céu Leohmyr pôde ver a luta entre dois dragões, que cuspiam fogo e eram acoçados por um homem que montava uma imensa águia. Chovia e as nuvens pesadas e negras cuspiam relâmpagos avermelhados, que iluminavam aquela cena de quando em quando. Sem relutar, mergulhou de volta no poço, retornando para as montanhas. O druida quase morto conseguiu voltar para as fendas, e depois de um mês se passado retornou para os seus. Nunca mais foi o mesmo, e dizem que foi expulso de Vila Forte pelos de lá, por medo da maldição que o acompanhara desde então. Ninguém, além dele próprio até hoje parece ter tomado este atalho dos infernos.

Os tesouros da Fenda e a Besta

"Uma das lendas mais incríveis que já ouvi foi no Barril Furado, taverna de Villa Forte numa das muitas viagens de épocas mais antigas. Conta-se que numa noite de grandes provações na Villa, alguns druidas rumaram para o centro da floresta afim de buscar plantas e águas para curar as febres e doenças que se abatiam sobre alguns homens em retorno de batalha. Ao aprofundarem demais em sua procura encontraram a fenda que se forma nos pés das montanhas,e puderam vislumbrar pela primeira vez as nascentes do flurinnë dos elfos, o rio que corta as florestas e se divide em muitos outros por dentro dos reinos do sul. Estes druidas, impressionados com os cristais e muitas plantas exóticas, decidiram adentrar pelas cavernas. Leohmyr, o mais astuto foi a frente e encontraram águas milagrosas e plantas nunca vistas por eles, quando tiveram uma grande surpresa: Salões rochosos apinhados de objetos de ouro ou pedras preciosas, além de armas e outros itens. Imediatamente decidiu avançar e escolher alguns itens, porém teve seu braço direito decepado por uma criatura que se avolumou por debaixo dos tesouros e o atacou pelas costas. O restante do grupo tentou fugir e lutou bravamente, mas foram derrotados e viraram alimento da fera. Leohmyr ainda ficou por mais um mês desaparecido, e só retornou após muito tempo, usando um bracelete de esmeralda, e parecia bem, apesar do olhar frio. Ao relatar o ocorrido foi expulso, pelo temor de que pudesse atrair má sorte, ou mesmo a própria Besta. Leohmyr desapareceu então, e muitos acreditam hoje que ele voltou para buscar o tesouro, outros têm palpites mais obscuros. Vez por outra um forasteiro vai chega a taverna a procura de aventureiros em busca do tal tesouro, até hoje nunca retornaram pra comprovar a historia...”{ Yahn Blackstone - Bardo viajante}

La Terza

Outros contos desse autor:

O vendedor de adagas


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