sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Narrando - ON/OFF - O jogador enciclopédia

Um problema comum nas mesas de jogo , principalmente nas de D&D é de como lidar com os jogadores  enciclopédia .Eu comecei narrando pokémon em 1999 , adaptado para o sistema 3D&T, aquela mesmo que foi publicado na Dragão Brasil .No começo é tranquilo, tudo é novidade ,mas quando os jogadores vão "amadurecendo" e  já conhecem contra o que as criaturinhas são fracas, contra o que são fortes , suas habilidades especiais  e até a quantidade dos seus pontos de vida , fica complicado causar alguma surpresa ,e o pior é o fato dos seus personagens já saberem as estratégias certas para cada encontro .  Por exemplo , o grupo nunca tinha vista uma Jigglypuff ,mas corria desesperadamente ao se deparar com a descrição de um balão rosa
com olhos enormes , sem nunca ter ouvido falar de uma!(quem jogou ,sabe porque). Chamamos isso de levar de "OFF para ON".Para o D&D a situação é semelhante , o grupo é veterano e está começando uma nova aventura e de repente o guerreiro tem um zelo extremo ao combater um mostro parecido com uma galinha de terreiro ,meio feiosa por sinal ,mas porque?Porque o JOGADOR dele sabe que é um cocatriz (D&D3.5- Livro dos monstro , página 45 )  e não quer ser petrificado com a bicada,mas ele não deveria saber disso!Também chamamos isso de anti - jogo e acaba causando discussões acaloradas que por vezes, estragam a diversão e a aventura como um todo.  Mas então , como evitar este tipo de coisa?Vai aí algumas dicas do mestre veterano :


  • Disfarçando os monstros :  Desarme-os.Tudo aquilo que os sabichões sabem não valerá um centavo furado se o mestre fizer as devidas modificações  nas informações dos Npcs  .Agora aquela galinha estranha é apenas uma galinha estranha que atracando-se com o guerreiro do grupo ,chama a atenção das suas parceiras que vem as pencas para ajudá-la , imagina o desespero desse jogador?Vai correr na certa, achando que será petrificado por 3d6 galinhas do mato que causam no máximo 1d4 de dano por bicada com +0 de ataque.Você não alterou nada e usou a artimanha do jogador contra ele mesmo.Com um pouco de prática 
  • Modificando monstros :  O cenário de campanha não esta determinado pelo que está nos livros  , será aquilo que o mestre decidir.Se o mestre determina que uma informação do livro dos monstros está diferente , então está diferente, não adianta usar o que você leu!Não adianta reclamar, isso se chama , a regras de ouro , na mesa é o mestre que manda.Parece (na verdade é) autoritarismo ,mas em certos momentos o narrador terá que agir assim para o bom funcionamento do jogo , um mestre com bom senso sabe a hora de ceder e a hora de dizer "não" , algo que ele aprende no decorrer dos anos de jogo.
  • Retirando ou premiando com experiência :  "Opa , você receberá apenas 50% da XP por falta de interpretação" ....O narrador poderá retirar a experiência dos espertinhos , premiar os que estão seguindo o bom senso ou os dois!Isso entra no conceito de interpretação , afinal de contas você não está de acordo com o papel que lhe foi dado na história. Sentir o atraso na evolução da ficha pode ser o incentivo que faltava para ter a situação nos eixos .Avise com antecedência o grupo sobre as regras da casa ,isso já reduzirá em muito os OFF .Tenha bom senso ao aplicar essa regras, pois mal direcionada, poderá desestimular os jogadores , o ideal é que ele siga sempre alguns níveis abaixo do grupo ,mas nada que não possa voltar a alcançar caso se comporte dentro do jogo . 
  • Testes de Atributos/Habilidades/Perícias : Além da vivência em jogo ,o personagem poderia fazer um teste  de  Atributos,Habilidades ou Perícias para determinar se lembrou de uma determinada informação ,por já ter vívido aquilo no passado ou já ter ouvido falar.No caso do exemplo do guerreiro acima , com um teste apropriado ,ele poderia lembrar que o seu pai sempre mandava ficar longe do "bicho que bica e petrifica" ,explicando a sapiência do aventureiro naquele momento, caso o grupo nunca tivesse enfrentado " a galinha de transforma em pedra"


Então,nobres aventureiros de diversos planos , aprendam que na campanha não é o conhecimento de vocês e sim o dos personagens que contam , finjam que não sabem  de nada .A 3° dica é a mais indicada, afinal de contas não é a pontuação que determina a força,destreza ou vigor do personagem?Então porque as experiências de vida ,conhecimento e memória deveriam ser diferente?Um meio termo entre o que o jogador e o personagem sabem é uma boa medida .No caso acima, o jogador sabe ,mas para o personagem também estar informado um teste bem sucedido determinaria a sua forma de agir.Se o mestre descrever de forma enigmática , disfarçando a real natureza do monstro ,não seria necessário nem teste!

Analise como fica melhor para o seu grupo e sucesso decisivo a todos!!!

2 comentários:

  1. Minha solução é usar monstros que eu crio. As vezes eu crio um monstro que já 'existe' e eu não sabia, mas ta valendo. :D
    Mas é impagável você descrever um monstro (ou mostrar uma imagem dele) para um encicloplayer e ver o desespero dele não saber o que é. hehehehe

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  2. Quem quer que seja você (comentário anônimo) gostei da sua solução, realmente criar novos monstros é mais uma opção para barramos esses espertinhos rsrsrsrs.......e concordo com você o desespero deles é cômico kkkkkkk

    Valeu pelo comentário e pela ajuda a complementar as dicas

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