sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Narrando - prologo- Cães de guerra



   A tempestade continuava agressiva, o plano-motor já havia perdido contato com o seu ponto de aterrissagem já fazia algumas horas. O piloto observava pela janela do avião, embora a visibilidade lhe fosse deficiente, sobrevoavam a algum tempo, uma espeça mata.
Linhares, que como passageiro, acordara de um breve cochilo, atordoado por um trovão.
- O que esta acontecendo? – Indaga, ao piloto. – Estamos próximo ao aeroporto de córdoba?
O piloto olha pra trás, o compacto avião levava consigo Linhares fontes, um ministro do governo americano e ao seu lado, Hernandes Souto, um adolescente, filho de um dos renomados marechais do exercito americano. O segundo dormia, coberto por uma tira de lençol feita de lã.
- Sim, senhor! Estamos próximo... Talvez estejamos sobrevoando agora, os ares de Costa Rica.
- Como assim, talvez?

- É que... senhor... perdemos o contato com a pista de vôo, pela forte  tempestade...
O pequeno plano motor, sofre uma forte turbulência, fazendo Hernandes acordar repentinamente.
 - Dê um jeito de chegarmos logo em Córdoba, temos que chegar logo no congresso em Manaus.
Hernandes ainda ajeitando sua gravada, pensando esta sonhando observa na janela do Plano- motor. Franziu o cenho, passa a costa do braço sobre os olhos.
- Ô... Marcelo... – perguntou ao piloto. – que luz é aquela ali?
Marcelo, o piloto observa a sua janela à esquerda, uma luminosidade dourada seguida de uma extensa massa de fumaça cinzenta se aproximando em extrema velocidade. Não teve tempo de pensar, saber o queria seria. Levou as mãos ao direcional do avião e em segundos tentou uma tirada.
Com muita presteza, Marcelo livrou a nave de um choque em cheio, entretanto, já era tarde.
   O avião fora atingido na parte inferior, todos a bordo sofreram o impacto.
Marcelo agora lutava pra conseguir um pouso forçado. Teria de aterrissar naquela mata mesmo. Suas vidas dependiam daquele pouso.
Puta que pariu, quem nos atingiu, caralho, pensa, Marcelo. Com todo seu corpo tomado pelo suor. Nem escutava a algazarra dos outros a suas costas.
Pensou em sua filha e em sua mulher antes do Plano motor atingir uma grande forma abaixo. Eles atingiram uma enorme arvore, foi só isso que Marcelo pôde entender. Antes de tudo escurecer.

***

   Já era a décima segunda vez que o telefone tocava na residência dos Mathews.
Agelina Mathews que ainda dormente, acordou, pede pra seu marido atender o telefonema.
O homem, irritado se ergueu da cama. Ainda de cueca, arrastava consigo o seu lençol.
Direcionado ao aparelho de telefonia. Ele puxou o gancho.
-Alô... Quem é essa hora, merda?
- Alô... bom dia,  Tenente Andrew Mathews, aqui é Douglas Ronald. Líder das forças de inteligência do FBI.
- Bom dia, oficial. Em que posso ajudar?
- Você tem ordem do seu Major para comparecer agora no nosso departamento.
- Mas, que porra é essa!? Eu estou com três dias de repouso, droga...
  A ligação já havia sido encerrada.
    Andrew volta para cama, com a cara fechada. Angelina já sentia o que iria acontecer. Ele senta-se de cabeça baixa na ponta da cama. Olha para sua mão direita. Balança sua cabeça negativamente.
- Desculpa amor... é convocação do major. Se me negar, poderei passar o resto de minha vida preso.
A mulher bufa de raiva desce da cama. E sai do quarto dizendo:
- Só tente voltar antes do terceiro dia... e vivo.
Andrew se veste. Vai até seu carro e sem o café da manha parte até o departamento de inteligência em DC. Washington.

***

     O corolla fusco de Andrew adentra o estacionamento particular do prédio de policia americana. Segue até o primeiro elevador. Respira fundo durante a subida. Engole em seco, quando o bip do elevador denuncia seu andar de procura. Andrew corre os olhos pelo salão, repleto de aparelhos computadorizados com grampos de escuta telefônica e programas de espionagem. Policias e escrivães dividiam vários gabinetes. Cercado com outras tantas maquinas de café e tambores de água. Porem, naquele labirinto, Andrew sabia onde procurar seu Major. Fora convocado ali, umas duas outras vezes. Mas sempre que voltava estava diferente. Mais gente, mais papeis.
   Alguns policias observavam o tenente a paisana correndo os olhos por todos os corredores e a caminho  da sala de inteligência.
Andrew Chega até a porta da sala. Com as costas da mão ele bate duas vezes na vitrine da porta. Sem muita demora a porta se abre.
Um homem de estatura mediana, com uma jaqueta marrom escuro e um cavanhaque abre porta e recepciona o Tenente. Andrew era um homem de corpo atlético, robusto e imponente. Queixo quadrado e cabelo militar, só sorria quando vencia uma batalha em campo.
 O homem de jaqueta estende a mão.
- Muito obrigado por ter vindo brevemente, Tenente. Sou Douglas...
- Onde esta o Major?
Andrew corria os olhos pela sala a procura de seu superior.
- Vamos... Lhe levarei a ele.
Os dois abrem uma nova porta próximo ao gabinete da pequena e arrumada sala.
Em outra sala adjacente, Andrew e Douglas se defrontam com o Major Martin Pólo e outro homem de terceira idade vestido com um terno castanho e gravata vermelha.
Andrew cumprimenta seu superior corretamente e espera a despensa.
Douglas apresenta o outro homem a Andrew, lhe informando quem seria este.
- Aquele é Antunes Neto. Ministro da força militar brasileira.
Andrew o cumprimenta e em seguida se silencia. Mordia os lábios e sobrancelhas duras. Atento ao comunicado de seu superior.
   O Major Martin se aproxima de seu soldado, lhe olha serio nos olhos.
- Preciso de sua liderança Andrew. O primeiro Tenente Robin está internado com um tiro de M21 na região lombar e estamos todos orando por ele. Sinto muito, tenho que ir, o ministro e o oficial irão lhe explicar melhor por que está aqui.
Andrew morde forte os lábios, pensa em indagar seu superior, iria se casar em três dias. Mas, não podia, seria em vão e lhe poderia custar muito. O velho Major sai da sala. Suas ordens já foram dadas, agora era só Andrew cumpri-las.
Andrew bate continência e espera Douglas se manifestar. A porta bate em suas costas.
- Então, senhor Andrew... vou  explicar logo o que nós iremos iniciar. – o policial caminha até uma grande cabine de aço e lá pega algumas folhas e sentado com uma única das pernas na cabine ele continua – Há dois dias atrás este homem  aqui, o senhor Antunes aguardava a chegada do ministro de armas do nosso exercito no  seu país de origem. Porem, hoje pela manha recebemos um comunicado do aeroporto de Córdoba que o Plano motor que levava o ministro e Hernandes o filho do terceiro casamento do marechal Hopkins, com uma mexicana.
- O que dizia a mensagem? – questiona Andrew.
- O avião caiu antes de seu aterrisso. Suspeitamos que por um ataque panamenho. Eles deveria ter achado que o plano motor era algum avião de espionagem, uma vez que há tropas do nosso exercito e do brasileiro na fronteira com a Colômbia.
 Desgraçado do Major pensa, Andrew, enraivecido.
- E qual são as ordens do major?
- Bom... não são ordens dele, e sim do marechal Hopkins. Ele quer o filho de volta. Ele ainda esta vivo, segundo a noticia que recebemos o avião está no panamá e eles estão na floresta. Há homens na fronteira da Colômbia com o Panamá. Soldados americanos e brasileiros estão em investigação de trafico de armas e drogas. A missão foi encerrada, porem, os seus melhores sargentos e soldados estão lá.
- Mas, que porra!!! Caramba, eu vou me casar daqui a três dias merda... Posso não voltar vivo. – Andrew, caminha impulsivo a sala, com a mão na cabeça. Ou ele desobedeceria a um Marechal e passaria sua vida preso ou iria em uma missão e tentaria voltar vivo.
- Quantos homens meus eu tenho lá?

Douglas respira fundo, franziu a boca.
- Seus, são doze homens e da tropa brasileira oito, dentre atiradores e fuzileiros de espionagem.
- Mais que merda cara, vocês querem que eu vá pro panamá entrar em uma floresta e resgatar um moleque que o Marechal fez depois de ter bebido muita tequila. PORRA! Eu vou me casar daqui a três dias. – Andrew chuta uma das cadeiras da sala.
O Ministro que nada havia falado. Manifesta-se.
- Mandaremos mais homens com sua ida Tenente. Um jato sairá daqui junto com uma tropa completamente municiada, pronta pra uma guerra.
Andrew olha pro velho, olhos vermelhos, quase lacrimejando.
 - Ok, ok... vou resolver essa cagada aí. Pode deixar... Peça pra que os homens se preparem que eu vou só em casa, resolver algumas coisas. Avise os seus soldados ministro, que iremos adentrar a mata panamenha. Estou indo.
Andrew sai batendo a porta em suas costas.
Douglas vai até o celular e pede com urgência a chegada do jato.
Vamos torcer pra que o moleque ainda esteja vivo, pensa, o policial, não queremos uma guerra contra o Panamá...




Felipe - "O Toreador"

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Narrador
Especialidade : Mundo das trevas
Fortaleza / Ceara / Conjunto Esperança

4 comentários:

  1. Muito bom cara agora vou querer saber o fim da historia

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  2. Muito bom esse prologo. Com certeza seria otimo o desenrrolar dessa crônica.

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  3. Olá Marielves e pessa anônima rsrsrs.....ótimo vocês terem gostado , eu também achei muito bom .Na verdade é um prologo e como tal é só para fazer um gancho para o mestre do grupo ambientar uma campanha de RPG no cenário da Daemon ,porém nada impede uma continuação.Eu mostrarei ao Toreador o pedido e se quiserem podem também entrar em contato com ele por e-mail ou facebook.

    Obrigado pelos comentários de vocês e sucesso decisivo aos dois!

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  4. Fico muito satisfeito com as pessoas que estão visitando o Blog. Que estão podendo conhecer um pouco mais dos cenarios de jogos que temos. E tambem, poderem ler, tento manter uma linguagem simples para que pessoas que ainda nao se familiarizam com o jogo de Rpg poderem ter um bom entreternimento. E continuem fazendo visitas. Em breve traremos mais. Novos cenarios e bons prólogos. Agraceço a quem me deu atenção e ao criador do blog. Muito obrigado!

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