Como relatado no primeiro e segundo post sobre a aventura aqui no blog, a invasão dos piratas criou uma tensão politica em volta das terras dos Garças, onde um dos magistrados em visita ao território quase é sequestrado e por muito pouco não se evita um guerra entre clãs ( graças aos jogadores xD). Até aqui, eu achava que seria difícil eles conseguirem resgatar os figurões, mas a galera foi bem articulada e bem sucedida nos testes, rolando alguns sucessos decisivos que por sinal que foram cruciais para a vitória da missão. A minha intenção inicial seria puxar uma aventura secundária menor com esse sequestro e até narrar a primeira guerra de clãs com os jogadores envolvidos mas não deu e os player fizeram por merecer. Veja como normalmente os fatos não acontecem da forma que você planeja e isso não precisa ser ruim, tudo depende do ponto de vista do mestre e não deixei de usar tudo aquilo que tinha escrito no papel, quase tudo foi usado ou reaproveitado. Lembrem-se sempre, quando tiverem construindo uma história que tudo aquilo que você está escrevendo é uma possibilidade e não uma certeza, assim você não se frustra tentando fazer os jogadores seguirem o seu "roteiro", mas chega preparado para a sessão!
Ikira apresenta-se a Jigorokan como membro dos caranguejos e vindo da muralha e traz consigo um pergaminho de viagem com a solicitação de auxilio na captura de possíveis criaturas esquivas que tenham passado pela muralha e que agora encontram-se vagando pelo império livremente. Casos como esse afetam o orgulho dos membros do caranguejo, apesar deles protegerem as terras do imperador contra o grosso das forças sombrios com exito inegável não deixa de ser vergonhoso admitir que existem brechas nas defesas dos muros que separam os dois lados e algumas criaturas atravessam os territórios.
Eles partem em busca da pista do bakemono que matou o pai de Ikira e alertados por Marumoto, tio de Shinrizan, encontram a morada de um monge que ao chegarem, estava treinando, andando sobre a água. Conversa amistosamente com os player. Ele vive nessas áreas a anos, isolado da sociedade e de ordens monásticas, tendo eventuais contatos com viajantes e auxiliando-lhes com informações sobre a região. De quebra, o monge também ajuda na patrulha do local, evitando que bandoleiros e monstros errantes diversos façam badernas nas áreas civilizadas dos Garças. Ele não comenta sobre os seus motivos pessoais ( até porque os jogadores não perguntaram), mas indica-lhes que viu um bando de Bakemonos vagando pelas terras dali, logo acima daquele terreno. Os personagens jogadores seguem no rastro deles e com a ajuda dos batedores do grupo (NPC) encontram as criaturas. Pensam em fazer um ataque surpresa, mas como os inimigos estão em maior número, desistem e aguardam o momento certo, momento este que não chega, pois as criaturas já tinham sentido o cheiro deles e alguns membros mais rápidos dos monstros dão a volta e fazem eles, um ataque que surpreende o grupo! Dos 15 que estavam em marcha, três saíram furtivos e deram a volta, surpreendendo os jogadores que estavam de olhos atentos na marcha das bestas morro abaixo e não notaram a presença dos batedores inimigos que deram a volta e investiram com ferocidade e de surpresa em Jigorokan, por ser o mais robusto do grupo. Jigorokan resiste firme e o grupo é rápido em contra a atacar, mas o alarme é dado com o grito de agonia do adversário e todo o destacamento a frente aproxima-se, investindo de forma frenética Eles são heróis mas não são loucos e correm em disparada, voltando para cabana do monge que não fica tão distante dali.
São feitos os testes para saber se os jogadores escapam de ser massacrados e conseguem chegar na área aberta que fica a cabana. Nela, evitam ser cercados e detonados pelas feras, ficando todos próximos e protegendo as costas um dos outros. Deu certo e apesar de alguns ferimentos graves, derrotaram todos, inclusive o líder, o maior Bakemon de todos eles que apesar do trabalha que deu, foi ao chão como todos os outros. O monge chega depois de uma maratona de exercícios nos arredores e encontra a sua humilde residencia bagunçada e fétida. O grupo explica o acontecido e o residente entende a situação, já acostumado com a necessidade de se defender nas áreas. Verificando o corpo do líder das feras, Ikira encontra um mapa rabiscado mostrando uma localização. O grupo discute se deve seguir a pista ou voltar para a cidade, já que os magistrados deram-lhes apenas dois dias para resolverem seus problemas e voltar. Enquanto discutem, uma figura misteriosa chega, trazendo os corpos inertes dos bushis NPC que acompanham os caranguejos. Jigorokan, vendo seus aliados caídos, parte para cima do estranho, já interpretando-o como mais um inimigo, mas fica paralisando ante o olhar sobrenatural do visitante e o mesmo acontece com Ikira que ao tentar evitar que o intruso toque no corpo do chefe do bando Bakemono, também fica paralisado, perdendo as funções naturais do seu corpo. Somente Shirinzam mantém a calma e tenta saber mais do estranho, sem sofrer o mesmo mal dos seus companheiros (pois não ataca), mas sem perder a posição de defesa. Sem meias palavras, o visitante se apresenta como Geko, simplesmente e avisa que a tradicional casta de samurais e seu império ancestral irá ruir e que o imperador será destronado, para dar lugar a uma força muito mais eficiente do que ele, muito em breve. Perguntando-o sobre quem são eles, ele responde; "Somos a Shin jidai (nova era), somos a aurora dos novos tempos." Geko lê uma ideograma marcado a ferro quente no braço do cadáver do líder Bakemono e saí, deixando todos abismados, inclusive o monge que também foi paralisado ao tentar atacá-lo.
A sessão terminou aqui e na próxima, os jogadores decidirão o que farão em seguida.
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